Eu uso, com frequência, a expressão “palavra tem poder” e acredito nisso de fato. Entretanto, acredito, ainda, que o poder dessas não se limita apenas a sua força positiva sobre nós e nossas ações, mas também ao impacto do que proferimos aos outros quando nos dirigimos a eles. Se fizermos uma forcinha, conseguiremos lembrar de alguma fala que nos magoou e deixou alguma marca negativa em nós. Algumas nem precisam de tanto esforço. Mas, se sabemos que as palavras às vezes doem, por que dedicamos aos nossos filhos frases tão duras?
É importante, sobretudo, deixar claro que a intenção aqui é desenvolver uma reflexão e a conscientização a respeito das consequências que nossos filhos podem sofrer em função do nosso cansaço e da nossa falta de inteligência emocional. Nós, os pais, tentamos acertar e fazer o melhor que podemos, mas, não raro, perdemos a paciência, seja pela correria do dia a dia, seja pela falta de tato com certas questões.
Além disso, desempenhamos muitos outros papéis na sociedade associados ao papel de pais, mães e responsáveis. Isso faz com que, muitas vezes, estejamos sobrecarregados física e emocionalmente. E, quando essa exaustão aparece durante uma conversa com nossos filhos, pecamos na escolha das palavras e criamos feridas profundas, as quais podem afetar o desempenho escolar das crianças, bem como comprometer sua formação enquanto indivíduo.
As crianças, desde novas, observam e reproduzem o comportamento dos pais, uma vez que eles são suas maiores referências. Acreditam firmemente no que dizem e acabam criando rótulos para si. Além disso, o bem-estar emocional, um dos fatores que contribuem para o bom desempenho escolar, é afetado. Desse modo, devemos estar atentos às nossas falas, uma vez que elas influem na autoestima dos nossos filhos.
Por vezes, afirmamos o desejo de ter mais paciência com nossos filhos. Contudo, podemos estar, na verdade, desejando mais proximidade, mais leveza e mais compreensão. No fundo, ansiamos pela nossa autorregulação, pelo controle da nossa raiva e pelo aprendizado de outras formas de comunicar o que necessitamos deles. Utilizar uma linguagem assertiva possibilita alcançar a direção correta do que queremos.
Portanto, fique atento aos momentos em que você deixa a crítica ser maior que o elogio e o reconhecimento de quando seu filho acerta, ou em que haja o descontrole das suas emoções. Tente perceber a frequência com que você faz isso e busque recursos para mudar, como contar até 10 ou sair da sala e se acalmar antes de agir. Construindo uma atmosfera de amor e paz, os pais ajudam e muito na educação escolar dos filhos.
Renata Antunes Fogaça, formada em Letras - Licenciatura da Língua Portuguesa, Especialista em gramática da Língua Portuguesa e Especializanda em Neuroeducação. Renata é proprietária da Escola Lição A+ em Itabirito/MG e referência em ensino no município.
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