Como perder o medo de escrever?

Na minha atuação como professora de Redação, deparei-me com muitos alunos, jovens e adultos, que afirmavam não saber Português ou ter bloqueio na escrita. Não raro, essas pessoas carregavam consigo uma memória de humilhação, de frustração e de desapontamento com a disciplina na fase escolar. Isso faz com que muita gente tenha medo da escrita, ou melhor, do julgamento e da avaliação os quais a acompanham. Mas, com todo esse histórico, como perder o medo da escrita?

Seja na escola, seja no mercado de trabalho, escrever é uma tarefa necessária. Isso porque nos manifestamos linguisticamente por esse meio também. É comum encontrar quem prefira matar um leão a produzir um e-mail, uma ata, uma redação de vestibular. Costumo dizer que a escrita é um “mal necessário” para alguns. Contudo, ela não precisa ser esse bicho de sete cabeças. Para isso, vou elencar algumas dicas para perder o medo da escrita:

1 - Leia, leia e leia mais um pouco:

Pode parecer óbvio, mas a prática da leitura é, de fato, o primeiro caminho para escrever melhor. Isso porque aprendemos melhor a Língua Portuguesa encontrando regularidades nas regras gramaticais. Além disso, só escreve bem quem tem o que escrever. Logo, ampliar o vocabulário é necessário para sermos mais assertivos na escrita. Ah! Lembre-se de que TODA leitura é válida.

2 - Seja objetivo

Vez ou outra, deparamo-nos com um “textão de whatsapp” com palavras difíceis e uma estrutura desorganizada. Escrever palavras complexas nem sempre é saber escrever. Para melhorar sua escrita, não precisa querer escrever bonito, mas ser objetivo e escrever com clareza o que quer informar. Assim, você escreve bem e atinge seu objetivo com mais facilidade.

3 - Revise seu texto

É muito importante revisar o texto antes de enviá-lo para que não passe algum erro que possa comprometer a informação. Contudo, não precisa dominar a Língua Portuguesa para revisá-lo. Leia-o com atenção e, se necessário, consulte um dicionário ou uma gramática. Se após a consulta a dúvida persistir, você pode pedir alguém próximo para ler o seu texto.

É preciso considerar que a escrita é uma prática individual e que cada um vai descobrir o seu processo. O ideal é tornar a escrita uma prática natural e, com isso, desenvolver técnicas próprias!

E então, vamos escrever mais?

 Renata Antunes Fogaça, formada em Letras - Licenciatura da Língua Portuguesa, Especialista em gramática da Língua Portuguesa e Especializanda em Neuroeducação.  Renata é proprietária da Escola Lição A+ em Itabirito/MG e referência em ensino no município.