“É caindo que se levanta”, “aprendemos com o erro”, “errar é humano”. Mesmo a cultura popular trazendo tantos ensinamentos sobre a importância de olharmos para os erros e aprendermos com eles, no processo de ensino-aprendizagem, não acertar é inadmissível para muitos alunos.
A forma que entendemos o erro e lidamos com ele é prejudicada pelo estigma de que a ausência do acerto é sinônimo da falta de inteligência. Contudo, obter a consciência do erro é importante para a construção do conhecimento. Para Piaget, por exemplo, “o conhecimento é um processo de fazer e refazer”, sendo, portanto, necessária a integração do erro na construção de conhecimento.
Entretanto, essa inserção na realidade escolar encontra impasses constantes. Para os educadores, o desafio de inserir a prática da análise em sala, de lidar com as múltiplas interpretações e de avaliar as possibilidades de respostas. Para os alunos, principalmente, os desafios são inúmeros e deixam marcas ainda mais significativas: as crenças negativas. Essas são, muitas vezes, ao longo da fase escolar e se estendem, inclusive, pela fase adulta.
O erro deve ser punido ou encorajado?
Muitas vezes, a escola promove, dentro dos padrões avaliativos, a ideia de que errar é um problema, validando os acertos e punindo os erros (com nota, inclusive). Quando isso ocorre, passamos a buscar resultados, tirando o foco do que de fato importa: o processo. O objetivo, então, passa a ser o boletim e não o conhecimento adquirido no tempo de estudo.
Assim, quando o aluno erra, ele registra uma memória negativa desse evento e bloqueia as possibilidades de criar e recriar sentido para o conteúdo visto. Por outro lado, quando o encorajamos a olhar para o erro, valorizando seu esforço, impulsionamos a busca por novas resoluções. Dessa forma, cabe aos professores e aos pais reconhecerem o erro como uma propriedade da construção do saber, utilizando-o como meio para que o estudante encontre alternativas e reconheça que na escola também há espaço para errar.
Renata Antunes Fogaça, formada em Letras - Licenciatura da Língua Portuguesa, Especialista em gramática da Língua Portuguesa e Especializanda em Neuroeducação. Renata é proprietária da Escola Lição A+ em Itabirito/MG e referência em ensino no município.
Mín. 18° Máx. 28°
Mín. 17° Máx. 26°
ChuvaMín. 18° Máx. 27°
Chuva