Com grande frequência, recebo alunos com relatos de eventos negativos que os marcaram durante a fase escolar. Sentimentos de humilhação, vergonha e incapacidade são comuns entre aqueles que me procuram, inclusive na fase adulta, dizendo ter bloqueio para a escrita ou outra crença negativa. Isso porque o cérebro responde às ameaças percebidas, interrompendo o fluxo de informações e comprometendo o aprendizado. Nesse sentido, é preciso que haja um ambiente acolhedor nesse processo.
A princípio, deve-se entender a definição de ambiente quando tratamos de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, o ambiente é o que compreendemos como a interação entre espaço físico e as diversas relações que se desenvolvem dentro dele. É o conjunto de afetos, da relação aluno-professor, da carga que o aluno traz de casa, dos tipos de aprendizagem propostos e de tudo aquilo que se aproveita a fim de criar um ambiente propício para a troca de conhecimento. Contudo, esse ideal não se trata da realidade de muitos alunos.
Por um lado, a inteligência é desenvolvida por meio de estímulos, ou seja, quando há condições ideais para aprimorar habilidades e competências, a aprendizagem é mais efetiva. Por outro lado, a aprendizagem só pode ser assim considerada quando ela passa a ter sentido, visto que todo o conhecimento passa por uma experiência, a qual se modifica a cada nova. Dessa forma, um ambiente desfavorável compromete a exposição desses estímulos e, consequentemente, da identificação com o conteúdo aprendido.
Portanto, percebe-se que criar um ambiente propício ao aprendizado não quer dizer apenas oferecer um espaço físico de qualidade, mas também atentar-se à qualidade das situações e das tarefas apresentadas ao aluno e às sensações proporcionadas a ele. Além disso, é necessário considerar que as atividades devem ser desafiadoras e inovadoras (e não aterrorizantes e assustadoras!) ao ponto de instigar o aluno, estimulando a motivação e a curiosidade, combustíveis para desejar aprender, sempre!
Renata Antunes Fogaça, formada em Letras - Licenciatura da Língua Portuguesa, Especialista em gramática da Língua Portuguesa e Especializanda em Neuroeducação. Renata é proprietária da Escola Lição A+ em Itabirito/MG e referência em ensino no município.
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