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“Malhar o cérebro”: uma estratégia para a aprendizagem

Mas como isso é possível?

17/06/2021 11h38
Por: Redação Fonte: Renata Antunes Fogaça
“Malhar o cérebro”: uma estratégia para a aprendizagem

Certamente você, assim como eu, já passou pela experiência de estudar uma hora antes da prova e alcançar um bom resultado, porém isso não quer dizer que você aprendeu de fato aquele conteúdo. Quando usamos essa estratégia de estudo, geramos em nós mesmos a ilusão de competência, ou seja, acreditamos no nosso bom desempenho, mas não nos certificamos de que aprendemos a matéria de fato. Esse resultado ocorre porque usamos nossa memória recente, que dura por um curto espaço de tempo, fazendo com que esqueçamos rapidamente o que foi estudado.

 

Para que a aprendizagem ocorra de fato, é necessário exercitar o cérebro. Isso mesmo! Esse órgão tem propriedades de expansão (a formação de sinapses) e, por isso, funciona como um músculo. Calma! Malhar o cérebro não quer dizer que ele vai crescer. De acordo com Eric Kandel, neurocientista ganhador do prêmio Nobel em 2006, “aprender significa criar memórias de longa duração''. Dessa forma, para transformar a matéria estudada em aprendizado, é necessário partir do que você já sabe, desenvolvendo mais estruturas que formam conexões entre os neurônios, gerando uma reformulação cerebral, a qual ocasiona novos comportamentos e novos aprendizados.

 

Além disso, para saber o conteúdo, é imprescindível retornar a ele vez ou outra. O cérebro só converte uma memória de curto prazo em memória de longo prazo quando há estímulos constantes daquele conteúdo. Sendo assim, torna-se necessário que o estudo não seja realizado de qualquer maneira. Estudar durante horas sem se preocupar em oferecer ao cérebro o que ele precisa para aprender acaba sendo um desperdício de tempo. Em muitas escolas, cujas avaliações são tradicionais, realizam provas periódicas com o conteúdo recém visto e não o retomam para a verificação da aprendizagem. Logo, os alunos consideram que, após a prova, não precisam mais daquela informação.

 

Contudo, a forma como o cérebro aprende não é ensinada aos alunos. Cultivam hábitos de estudos que não favorecem a aprendizagem e contribuem para o desenvolvimento da ilusão de competência. É, portanto, necessário ensiná-los a estudar de forma eficiente, o que requer estratégias e técnicas, as quais potencializam a compreensão, o aprendizado e a retenção de informações importantes. Desenvolver a atenção, a memória e a autorregulação é fundamental para que o aluno execute suas tarefas com qualidade e inteligência, otimizando o tempo e assegurando que aprendeu de modo eficaz.

Renata Antunes Fogaça, formada em Letras - Licenciatura da Língua Portuguesa, Especialista em gramática da Língua Portuguesa e Especializanda em Neuroeducação.  Renata é proprietária da Escola Lição A+ em Itabirito/MG e referência em ensino no município.

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