Dia 25 de julho é celebrado o dia do escritor. Acredito que todos nós somos escritores. Da própria vida, quero dizer.
A vida é este recorte temporal que nada mais é que uma oportunidade de escrever a própria experiência e de vislumbrar novas aventuras.
Neste mundo da matéria, o real é o sensorial. Aquilo que vemos, aquilo que ouvimos, aquilo que tocamos. Em que pese a minha crença de que este mundo é uma grande ilusão (a realidade não pode ser algo passageiro, deve ser algo que perdure, por isso acredito na existência do Espírito e este deve compor a realidade), estamos nesta vida para fazer alguma coisa, percorrendo esse sinuoso caminho de altos e baixos.
Ouvi dizer que um bom escritor necessariamente deve ser um bom leitor. E acrescento que também deva ser um bom ouvinte e um bom observador.
De outra maneira, não capta as percepções. E as percepções só se dão pelo contraste nesta vida material.
Jung disse que mesmo uma vida feliz não pode existir sem uma dose de escuridão. Aqui, neste mundo, há uma profusão de percepções. Percebemos o mundo pelo contraste. Consideramos conhecer o frio, por já ter sentido o calor. Consideramos conhecer a tristeza por já ter sentido a alegria. É uma roda que gira constantemente. Gosto de pensar que não se deve tentar curar as sensações. Dê espaço para o desenvolvimento delas e a integre no banco de dados do seu microcosmo, para identificar sempre que aparecer. Porque os sentimentos e sensações sempre voltam.
Assim, penso eu, escreve-se a vida. Diria o poeta, o caminho se faz ao caminhar.
Luís Fernando Gurgel e Souza, sobre histórias do cotidiano, fábulas, crônicas futebolísticas e emoções de cada um. luisfgurgel11@gmail.com
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