- Culpa sua!
- Culpa minha?
- Agora o Juninho está uma tristeza que dói por causa da derrota do seu time.
- Por que a culpa é minha? Ele escolheu o próprio time.
- Sei...
- Sempre prezei pela liberdade individual.
- Sei...
- Nao entendo a ironia.
- Eu que não te entendo.
- Oras, eu dei opções a ele.
- Sim, opções...
- A escolha foi dele.
- Quais foram mesmo as opções?
- Eu disse para o Juninho: "Filho, agora que você entende de futebol é chegada a hora de escolher o seu time: Atlético ou Galo”.
- E não houve pressão, você diz.
- Ele escolheu Galo. Coincidentemente, o mesmo time do meu avô e do meu pai.
- Olha, vai conversar com seu filho sobre como lidar com a derrota no futebol.
- Eu sempre te disse. Torcer pelo meu time é uma lição de vida: as coisas não são fáceis. É preciso lutar...
- Entendi, entendi. A vida vai te derrubar e o campeão é aquele que sempre se levanta apesar das pancadas.
- Viu? Há filosofia nisso. Não é só futebol. Juninho fez uma boa escolha.
- Sei...
Obs. I: Pode ser que o escrito seja baseado em fatos reais... Pode ser!
Obs. II: Houve tristeza de fato na terça-feira passada na casa dos “Juninhos”. Futebol é algo inexplicável pela racionalidade! O que move o comportamento de um torcedor? Só é possível explicar pelo puro instinto primitivo do ser humano de pertencimento. E pela paixão. A paixão tem o poder de superar a racionalidade. Em alguns, por noventa minutos. Em outros, por uma vida inteira.
Luís Fernando Gurgel e Souza, sobre histórias do cotidiano, fábulas, crônicas futebolísticas e emoções de cada um. luisfgurgel11@gmail.com
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