Olá caro leitor e cara leitora do outro lado da telinha! Hoje tem Prosa Inventiva (pra) Sortá (os) Trem Acumulado. Viaje nesta pista comigo!
Cresci ouvindo as músicas de muitas bandas de rock. Como todo adolescente que se preze, tive a fase de desejar ser integrante de uma banda. Os meus amigos e eu até criamos o nome para a nossa: Cogumelos Derrapantes. Tinha tudo para dar certo, faltava-nos apenas o talento musical. Mas isso não impediu de nos apresentarmos para um público imaginário, com os nossos instrumentos imaginários, no quarto do Leo. A sonoplastia ficou a cargo do CPM 22. O CD do álbum "Chegou a hora de recomeçar" tocava no aparelho de som Gradiente. O trabalho dos Cogumelos Derrapantes era seguir o ritmo, bater a cabeça, fechar os olhos cantando as músicas e detonar no Air Guitar e no Air Drums. Foi uma apresentação linda! Marcante na história do mundo imaginário. Digno de receber um Grammy Latino (imaginário).
Outras bandas brasileiras desse estilo em voga na época eram Charlie Brown Jr. e Detonautas Roque Clube. Foram muitas tardes da década de 2000 fazendo a turnê imaginária com os Cogumelos Derrapantes. Bons tempos! Mesma época em que a Nokia reinava soberana no mercado de aparelhos de celular. É estranhíssimo que a empresa simplesmente perdeu competitividade no ramo que praticamente ela criou.
Toda essa introdução, além da nostalgia que me fez bem, tem outro motivo. Quero falar um pouco do saudoso Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr.
Em uma conversa saborosa regada a vinho com minha esposa Talita (momentos maravilhosos de puro prazer e reflexões filosóficas), ela se lembrou de uma canção composta por Chorão & cols. que tem uma profundidade pessoal e uma riqueza introspectiva que eu, na minha adolescência superficial, não percebia. Ou percebia pouco.
Talita colocou a música para tocar e ao escutar fui tomado por um ímpeto de escrever este texto, tamanha ressonância que provocou em mim.
Chorão deixou uma mensagem linda de autoconhecimento e um convite para se aventurar em águas mais profundas do próprio ser por meio desta letra. Ele fala sobre seu desejo de evoluir e prosperar não apenas sozinho, mas acompanhado pelos demais. A evolução se torna mais bonita quando estamos acompanhados (há outra maneira?). É o conceito da contribuição em oposição ao mais difundido conceito da competição. E ilustra muito bem, também, o conceito de amizade. Salve Cogumelos Derrapantes!
Quero agradecer a ele, onde quer que esteja, pela contribuição dada para este mundo vibrar em uma frequência mais alta. Uma frequência de cura.
A canção é intitulada "Pontes Indestrutíveis", composta em 2007 e está no álbum Ritmo, Ritual e Responsa.
Convido o caro leitor e a cara leitora a ouvi-la.
Só o amor constrói
Pontes Indestrutíveis.
Luís Fernando Gurgel e Souza, sobre histórias do cotidiano, fábulas, crônicas futebolísticas e emoções de cada um. luisfgurgel11@gmail.com
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