O ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, coronel Antônio Elcio Franco, negou nesta quarta-feira (9), à CPI da Covid, que a pasta tenha considerado a estratégia de imunidade de rebanho por meio de contaminação em massa como estratégia de imunização da população contra a covid-19.
A CPI investiga se o governo buscou alcançar a imunidade de rebanho dessa forma em vez da forma tradicional, por meio da vacinação em massa.
"Nunca se discutiu na área técnica do ministério entre os secretários com o ministro essa ideia de imunidade de rebanho", disse. "Não se visualizava isso. Tínhamos noção da gravidade da pandemia e, assim como a Influenza, imaginávamos que teríamos que ter campanhas anuais de vacinação", completou.
Elcio Franco rebateu afirmações do ex-secretário Especial de Comunicação Fabio Wajngarten, que apontou falhas do Ministério da Saúde na negociação de vacinas na gestão de Pazuello, em entrevista à revista "Veja". Segundo Franco, não houve "nem incompetência nem ineficiência".
"Deve ter sido percepção dele, mas não foi o que aconteceu", disse Franco. Ele aponta que algumas dificuldades na aquisição dos imunizantes ocorreram por outros motivos, como as exigências feitas pela Pfizer, cuja minuta de contrato apresentada ao governo tinha cláusulas apontadas como abusivas.
Ele explicou ainda que a Pfizer exigiu do governo a conversão em lei da medida provisória que permitiu a compra de imunizantes antes da aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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