O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu na CPI da Covid, nesta terça-feira (8), a realização da Copa América no Brasil, que terá início já neste fim de semana.
"O esporte está liberado no Brasil e não existem provas de que essa prática aumente o nível de contaminação dos atletas", afirmou ao ser questionado pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).
Ele lembrou que outras competições de futebol, como o Campeonato Brasileiro, Taça Libertadores e a Copa Sul-Americana estão ocorrendo normalmente no país.
"Os exames de RT-CPR ocorrem independentemente de futebol. O transporte dos jogadores nos ônibus ocorre de maneira controlada, com equipamentos de proteção e face shields. Eles saem do ônibus e vão para um hotel. Lá ficam isolados num quarto", comentou.
"Não consta que essa prática aumente o risco de jogadores e dos membros da comissão técnica", acrescentou.
Segundo Queiroga, o Campeonato Brasileiro de 2020 teve 102 jogos e não trouxe problemas para a pandemia.
Lembrado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que houve no Brasileirão do ano passado o registro de 320 casos, Queiroga respondeu que apenas uma transmissão ocorreu em campo.
O ministro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro pediu para ele avaliar o protocolo de segurança da competição.
Ele garantiu também que ocorrerá a fiscalização das autoridades sanitárias dos municípios em que a Copa América será realizada (Goiânia, Rio de Janeiro, Cuiabá e Brasília).
"Eu não vejo do ponto de vista epidemiológico uma justificativa que fundamente a não ocorrência do evento. Agora, a decisão de fazê-lo não compete ao Ministério da Saúde."
Queiroga observou que todos os atletas têm seguro. Caso sejam infectados, diz o ministro, vão usar o serviço particular de saúde. "Não haverá público nos estádios, então não haverá aglomerações. O risco de contrair a covid-19 será o mesmo com ou sem os jogos."
Queiroga afirmou que 650 pessoas devem vir ao país por causa da Copa América, que começa já neste fim de semana.. O ministro foi então lembrado que mais de dois mil jornalistas já se inscreveram para cobrir a competição e preferiu não comentar a informação.
"Esse é um evento pequeno, não é de grandes proporções. Os protocolos apresentados ao ministério são seguros e não trazem riscos de agravamentos dos casos", opinou.
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