O governo do Estado lançou, nesta segunda-feira (29/5), o Programa Inverno Gaúcho com Saúde, que destinará R$ 10,1 milhões, com recursos do Tesouro estadual, para reforçar os serviços nos hospitais e enfrentar o aumento dos casos de doenças respiratórias durante a estação mais fria do ano. A solenidade de lançamento ocorreu na Santa Casa de Porto Alegre, com a presença do governador Eduardo Leite e datitular daSecretariada Saúde(SES),AritaBergmann.
Leite destacou que o objetivo do programa é ajudar os municípios no enfrentamento de mais um inverno e elencou as medidas que serão adotadas. “As estratégias devem envolver a ampliação dos horários de atendimento e de vacinação, equipamentos paraunidades de tratamento intensivo (UTIs)pediátricas e também ações de telemedicinacom médicos especializados”, afirmou.
“O inverno é um desafio do ponto de vista de saúde pública, devido à elevação de internações nesse período. Boa parte das internações poderia ser evitada se a vacinação fosse cumprida. Se o atendimento for feito no momento correto, nós conseguiremos evitar problemas mais graves de saúde”,avaliouogovernador.
Entre junho e agosto, a demanda por atendimentos de saúde tende a aumentar. Doenças do sistema respiratório foram a principal causa de internação de crianças e adolescentes de zero a 14 anos no Estado em 2022, representando 12,3% do número de casos. Pneumonia, asma e bronquite e bronquiolite agudas são as enfermidades que mais levaram à hospitalização, quadro agravado pela pandemia. A baixa cobertura vacinal no Estado é outro fator preocupante. Entre 2018 e 2022, a Campanha Nacional contra a influenza nunca atingiu a metaanual de 90% na faixa entre zero e 14 anos.
Com os novos investimentos, a SESvai ampliar e qualificar a rede de atendimento asíndromesrespiratóriasagudasgraves. Os hospitais com até dez leitos de UTIpediátrica receberão R$ 250 mil, e aqueles com mais de dez, R$ 375 mil. Além disso, o programa destinará R$ 90 mil para os hospitais com porta de entradaparaurgênciase emergências.
Serão contempladas unidadesque atendam peloSistema Único de Saúde (SUS) e que possuam estrutura técnica e assistencial para participar doprograma.Oshospitais estão assumindo o compromisso de atender todos os pacientes encaminhados pelo Estado, com estrutura e equipe suficientes para garantir o atendimento pediátrico crítico, e de manter disponíveis todos os leitos de UTI pediátrica para os casos de urgência.
“Esse programa visa incrementar ações de saúde com ênfase muito especialemnossas crianças. Nós precisamos ampliar as ações, porque há muitas evidências e estudos que apontam para o fato de que, neste período, devemos redobrar os cuidados em internações por doenças respiratórias e nos atendimentos daatençãoprimária, além de ampliar a cobertura vacinal”, comentouArita. "Nós só alcançamos 24% de coberturana vacinação de crianças contra a influenza. No caso da covid-19, vacinamos apenas 6,6% delas,e contra a pneumonia, 57%", detalhou.
O Estado disponibilizará também serviços detelemedicina eteleconsultoriaemintensivismopediátrico para apoio e orientação àsequipestécnicasdos hospitais,que terão profissionais atuando 12 horas por dia, sete dias por semana.
A lista de hospitais que participarão do programa abrange três unidades com mais de dez leitos de UTI pediátrica, dez com até dez leitos e 66 com porta de entrada para urgências e emergências.Os hospitais que receberão complemento financeirosão:
Até dez leitos de UTI (R$ 250 mil)
Mais de 10 leitos de UTI (R$ 375 mil)
Porta de entrada com urgência e emergência (R$ 90 mil)
Texto:AscomSES e Juliana Dias/Secom
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom
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