Um novo modelo de imunização, que se ajusta à realidade de cada região acreana, foi apresentado pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), durante os dias 19 e 20 deste mês, para equipes da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e agentes da pasta de Saúde dos municípios do Vale do Juruá. A capacitação ocorreu em Cruzeiro do Sul, e contou com participação de 36 profissionais do setor.
A medida visa bloqueio sanitário no estado, diante de caso de Poliomielite notificado recentemente no Peru, país que faz fronteira com o Acre. Além disso, as equipes realizaram planejamento para futura campanha de imunização.
“Conhecemos um novo modelo de imunização, que é elaborado a partir das particularidades de cada região. Os municípios apresentaram suas realidades, e com essas informações criamos um plano de ação, em que serão feitos monitoramento e adequações das atividades realizadas pelas equipes de Saúde”, detalhou Renata Quiles, coordenadora estadual de imunizações.
O treinamento será executado em todas as regionais do Acre. Ao todo, cerca de cem profissionais serão atualizados sobre novas metodologias de comunicação, estratégias e importância da vacinação.
Os conhecimentos serão úteis para o Juruá avançar com campanhas de vacinação. “O processo de microplanejamento é essencial para que todas as etapas da vacinação sejam realizadas de forma adequada e segura, alcançando o maior número de pessoas possível. A coordenação regional de saúde do jurua, Tarauacá/Envira é apoiadora das ações para melhoria da oferta dos serviços que impactam diretamente na saúde da população”, disse Diani Carvalho, gestora local da Sesacre.
No próximo dia 27 de maio, o governo do Acre e parceiros lançarão a Campanha de Multivacinação. A ação se estenderá até o dia 7 de junho.
De acordo com Renata Quiles, a ideia é melhorar do cenário de vacinação no estado. “Não podemos deixar doenças que estavam erradicadas voltarem a circular entre os acreanos. Por isso, pedimos ao povo que fique em alerta, pois estamos acompanhando diariamente o retorno de enfermidades que podem ser controladas por meio da vacina”, orientou.
Sobre o receio da eficácia dos imunizantes, sobretudo oriundo da propagação de notícias falsas, a coordenadora destaca: “O medo e a ansiedade em relação à vacinação são comuns, mas devemos temer às doenças, causadoras de internação e óbito. Vamos atuar para que a desinformação não atrapalhe o nosso trabalho de prevenção”.
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