A chamada será executada em duas etapas. Para esta primeira fase, as inscrições para a Chamada Teia de soluções já estão abertas e poderão ser feitas até o dia 2 de junho. As iniciativas devem propor ideias de soluções práticas para o desafio lançado, de forma multidisciplinar e colaborativa.
Frutos nativos do Cerrado
Ao final do processo, as duas fundações vão investir recursos no valor global de até R$ 1 milhão na chamada que visa buscar, selecionar e aprimorar soluções para a conservação da natureza, ampliando o impacto socioambiental positivo no Cerrado.
Outros R$ 3 milhões serão investidos em biomas de outras regiões do Brasil (Zona Costeira da Bahia e na Mata Atlântica (Paraná, sul de São Paulo, norte de Santa Catarina e 17 municípios do Rio de Janeiro).
A participação é gratuita. A seleção das propostas para apoio financeiro segue em duas fases. A primeira seleciona as propostas que seguirão para uma etapa de detalhamento, na qual os proponentes poderão contar com mentorias para aprimorar o impacto de suas soluções. A segunda fase determina o apoio financeiro.
Resultado em outubro
Em ambas, as propostas são analisadas por especialistas e representantes indicados pelas instituições organizadoras. O resultado com as soluções selecionadas para o apoio será divulgado em outubro deste ano.
“Nosso objetivo é fomentar a busca por soluções que fortaleçam as cadeias dos produtos e serviços da sociobiodiversidade brasileira e, ao mesmo tempo, tragam melhorias para a conservação da natureza a partir das características do bioma Cerrado. Ao final do processo, as propostas mais consistentes e de maior impacto ambiental positivo devem receber apoio financeiro para serem colocadas em prática,” explica a gerente de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Marion Silva.
Produtos da sociobiodiversidade são recursos e serviços oferecidos por comunidades locais a partir da natureza. São produtos nativos comercializados a partir de processos responsáveis e sustentáveis, sem impacto negativo ao meio ambiente. Nesse contexto, tem-se o turismo de natureza, frutos, óleos, pesca artesanal, alimentos beneficiados, entre tantos outros.
Fortalecer as cadeias produtivas de frutos nativos, por meio da inovação e atuação de base comunitária, é o recorte do desafio lançado para o Cerrado de Goiás.
“Segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado apresenta grande diversidade de frutos com alto valor nutricional, como o baru, o pequi e o buriti. O fortalecimento dessas cadeias produtivas tem o potencial de aumentar o impacto positivo de conservação da natureza, a redução da pressão sobre espécies e habitats e a inclusão de acesso ao mercado pelas comunidades agroextrativistas”, frisa o presidente da Fapeg, Robson Domingos Vieira.
Frutos
Alguns mais conhecidos como o cajuzinho, o pequi, buriti, murici, mangaba, mama-cadela, baru; outros nem tanto como o umbu, o araticum, o bacuri, a cagaita, o bocaiuva, o licuri. É grande a diversidade de frutos do segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado.
São frutos que possuem alto valor nutricional, sabor e aroma característicos e que são desconhecidos muitas vezes pelos brasileiros ou, quando conhecem consomem in natura, no máximo como um doce ou picolé.
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