O presidente nacional da Record TV, Luiz Cláudio Costa, afirmou nesta sexta-feira (26) que as fake news sempre existiram na sociedade, mas reconheceu que as redes sociais facilitaram a propagação das notícias falsas.
"Fake news existem desde sempre, o que mudou foi só o rótulo, igual ao bullyng. Sempre tinha aquele que era o alvo das brincadeiras. A ciência, conforme foi avançando, criou nomes para facilitar o estudo desses fenômenos", disse Costa durante o primeiro webnário do Coleouv (Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho) em 2021.
Segundo Costa, a amplificação das notícias falsas ocorreu com o avanço das redes sociais. "Hoje cada um com um celular nas mãos é um veículo de comunicação", avaliou o presidente da Record TV.
Ele afirmou que o movimento atual é fruto da “era da pós-verdade”, na qual os algoritmos das redes sociais permitem disseminar as informações conforme os interesses de determinados grupos. "A impressão que dá é que o que vem de hoje é a notícia ruim, porque as pessoas procuram nas suas bolhas sociais procurar notícias que adulam com suas crenças pessoais”, disse ele.
"É muito comum que a gente conviva dentro das redes sociais com quem pense como a gente e isso facilita a difusão de uma fake news, porque ela trabalha com bolhas e, quando ela explode, a informação já está propagada", explicou Costa.
O presidente da Record TV ainda recordou que Jesus Cristo foi a primeira vítima de notícias falsas na sociedade atual, o que ocasionou na morte dele. "Existia uma rede social de boca a boca no tempo em que Jesus andava pregando”. Mais recentemente, ele destaca que a proliferação do fenômeno ocorreu na eleição dos Estados Unidos em 2016.
Costa lamentou ainda que que não há como controlar as fake news em suas origens. "Eu não vou acabar com as fake news impedindo que elas sejam colocadas em algum veículo. Quem tem essas pretensões não vai conseguir, a não ser que a gente vire uma China e passe a controlar as redes sociais", afirmou.
Para Costa, a “vacina” contra as notícias falsas envolve uma maior consciência popular para identificar a origem dos fatos e a data das publicações para reconhecer um fato que destoa da realidade. "Hoje, a gente tem que dizer, infelizmente, que quase nada é verdade", lamentou.
Também presente no evento, a titular da Vara do Trabalho de José Bonifácio, juíza Ana Paula Silva Campos Miskulin, abordou “Danos Morais e Seus Reflexos nos Tribunais Trabalhistas”.
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