Com apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) realiza pesquisas sobre o novo coronavírus e maneiras de conhecer melhor a doença para o enfrentamento por meio da ciência e do conhecimento. Os resultados preliminares e os avanços de quatro estudos, de um total de 13, foram divulgados nesta semana.
“O BRDE, além de atender demanda de emprego e renda, entende que nada é mais importante que a vida. Essa é nossa função social, apoiar um movimento da sociedade, que necessite de mão amiga e financeira para alcançar resultados. Por isso, agradeço imensamente aos pesquisadores e à PUCPR por exercerem este papel conosco”, afirma o vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley.
O diretor administrativo do banco, Luiz Carlos Borges da Silveira, ressalta a importância das pesquisas realizadas pela instituição de ensino superior. "Não sabemos nada sobre essa doença e vemos o mundo todo pesquisando. Estamos trabalhando pela ciência”, afirma o ex-ministro da Saúde. Ele lembrou que esta é a segunda iniciativa bem-sucedida entre BRDE e a universidade. A primeira foi com o BRDE Labs, programa desenvolvido em parceria com a Hotmilk - Ecossistema de Inovação da PUCPR, que selecionou projetos inovadores de startups voltados às demandas de agroindústrias paranaesnses.
O reitor da PUCPR, Waldemiro Gremski, comentou que, assim como no projeto anterior, este também teve muito sucesso. “Esperamos continuar com essa parceria”, disse. O projeto foi destacado, também, pelo chefe de gabinete da Secretaria da Saúde, Cesar Neves. “O banco é, realmente, um parceiro de todas as horas, que traz empreendedorismo e inovação”, disse.
RESULTADOS – As outras nove pesquisas que contam com o apoio do banco ainda não foram finalizadas. A primeira das quatro pesquisas apresentadas nesta semana tem como tema a Educação, Saúde e Pobreza Infantil na Pandemia da Covid-19. O trabalho avaliou os meios de estudos, a dinâmica pedagógica, as dificuldades e aprendizados durante este período.
Com os resultados, a pesquisa pretende estabelecer parâmetros e recursos para a formação dos profissionais de educação e saúde para o atendimento da infância em situação humanitária e pobreza infantil.
A segunda pesquisa tem o objetivo de tratar a Covid como doença. Os pesquisadores utilizam células-tronco mesenquimais (CTMs), derivadas do tecido do cordão umbilical (TCU), para tratar pacientes com síndrome respiratória aguda grave decorrente do Sars-CoV-2. Esse é um estudo pioneiro no tratamento com células-tronco para Covid-19 no Brasil.
Alguns resultados já observados do estudo foram a diminuição de citocinas inflamatórias, responsáveis pelo grave comprometimento pulmonar, aumento de células reguladoras e proteção pulmonar, o que pode resultar em menor tempo de respiração assistida, de internamento em UTI, em menos sequelas e, possivelmente, influenciar na diminuição da mortalidade.
A terceira pesquisa estuda a formação de radicais livres e o estresse oxidativo que estariam ligados à gravidade da Covid-19, contribuindo para um estado clínico mais preocupante. Os pesquisadores analisaram o soro de 77 pacientes e concluíram que, ainda que os níveis de estresse oxidativo estivessem elevados, a gravidade da doença não é fator determinante para as mudanças no perfil redox – sistema de defesa antioxidante – de pacientes hospitalizados com Covid-19.
Por fim, a quarta pesquisa é sobre monitoramento remoto de pacientes com Covid-19, devido a risco de contaminação de profissionais da saúde. Os pesquisadores desenvolveram protótipos de dispositivos médicos para monitoramento em tempo real com armazenamento de dados em nuvem. Além disso, a proposta é trazer soluções de baixo custo.
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