Um clima de suavidade e harmonia invadiu o público do Som da Concha deste domingo (19). A música de Juninho MPB e o som erudito de Miguelito agradaram a quem compareceu aos shows nesta noite de lua cheia e boas energias. Aplausos fortes, elogios e gritos de bis foram uma constante durante toda a noite.
A professora Rosimar Rodrigues esteve presente com toda a família e pôde verificar a alegria de poder sair de casa com segurança depois de tanto tempo dentro de casa por causa da pandemia. “Nós estávamos passeando aqui no parque e decidimos ficar para assistir ao show. Fazia tempo que nós não saíamos para lugar nenhum. Eu acho importante este momento de voltarmos a nos socializar, tenho dois filhos adolescentes e o emocional deles ficou bastante abalado”.
Juninho afirmou que é um fã do Som da Concha e sempre acompanhou seus amigos músicos na plateia, por várias vezes. “Eu trato a música com muito respeito. Agora aqui, no palco, eu me considero conversando musicalmente com os instrumentos, é uma grande troca. Confesso que mais de um ano, sem palco, sem público, só live, cansa um pouco a gente. A música, o palco é a melhor droga que existe”.
O multi-instrumentista falou que começou com suas composições de música erudita por volta dos 19 anos de idade, quando compôs sua primeira valsa, que foi apresentada no show desta noite. “Fiz três ou quatro músicas quando saí do conservatório, mas depois abandonei a música erudita e comecei a fazer bailes com a banda Zutrik, com a qual toquei durante quarenta anos, porque na época Mato Grosso do Sul não tinha público para a música erudita. Mas hoje tem muito campo, sim. Eu tocava muito na Arte e Técnica e lá conheci o Peter Krastanov, que hoje me acompanha, e graças ao Peter conheci o Marcelo Gerônimo, que passou a fazer parte do grupo. Eu valorizo muito os músicos que estão comigo porque se não fosse eles o projeto não iria para a frente”.
“Foi maravilhoso tocar aqui hoje. Foi a primeira vez que apresentei estas composições aqui na Concha. Eu notei que o erudito tem público, houve um avanço muito grande neste sentido. Os concertos, hoje em dia, ficam lotados e tem gente que ainda fica de fora e não consegue entrar. O Som da Concha abriu o leque para vários estilos, isso é muito interessante. Parabéns à Fundação de Cultura pelo incentivo aos projetos autorais”.
E para você que gosta de boa música autoral feita aqui em Mato Grosso do Sul, fique ligado! A próxima edição do projeto Som da Concha acontece no dia 02 de outubro, com Femme Lounge e Tom Alves e no domingo 03 é a vez de Ariadne e Simona. Mais informações sobre as próximas edições serão divulgadas no site e nas redes sociais da Fundação de Cultura.
Texto: Karina Lima, FCMS
Fotos: Ricardo Gomes
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