A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) emitiu alerta fitossanitário para a ocorrência deDalbulus maidis, mais conhecida como cigarrinha do milho, nas lavouras de milho do Rio Grande do Sul.
O alerta é baseado em estudo desenvolvido pela Seapdr e pela Emater, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que juntas monitoraram lavouras de milho afetadas. Foram considerados também relatos de ocorrência recente deDalbulus maidisnas lavouras já nos estágios iniciais desta safra, o histórico de infestações da safra anterior e a previsão de poucas chuvas para o próximo período (ver prognóstico Simagroaqui).
“Nós solicitamos a atuação dos colegas em orientar entidades, cooperativas, empresas de insumos, responsáveis técnicos e produtores rurais nas ações de rotina, adicionando este alerta às atividades”, destaca o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr, Ricardo Felicetti. Ele ressalta a importância de fazer o controle, especialmente neste momento do início do plantio, o que repercutirá na condição de infestação para o restante da safra.
O monitoramento ocorreu entre abril e maio em 151 municípios do Estado, quando se observou as maiores infestações. Neste período, 179 amostras foram colhidas em lavouras de milho e encaminhadas ao Laboratório Federal de Goiás (LFGO) para identificação dos patógenos associados ao complexo do enfezamento do milho e levantamento de dados para caracterização epidemiológica.
As análises identificaram a presença dos patógenos associados ao enfezamento em 44% das amostras. "Isso evidencia o risco de aumento da ocorrência de enfezamento do milho nesta safra, já que é a cigarrinha que transmite esses patógenos e eles estão ocorrendo em diversas regiões do estado", afirma Felicetti.
Para mais informações sobre o manejo e orientações de ingredientes ativos para controle, a Seapdr recomenda utilizar o documento Manejo da cigarrinha e enfezamentos na cultura do milho, disponívelaqui.
Principais recomendações:
• Eliminar plantas de milho espontâneas da entressafra.
•Utilizar cultivares tolerantes à cigarrinha e enfezamento.
• Efetuar o tratamento fitossanitário de sementes.
• Efetuar o plantio do milho evitando a proximidade de lavouras novas a lavouras mais velhas ou áreas com ocorrência de infestação anterior.
• Evitar semeadura sucessiva de milho na mesma área.
• Otimizar o planejamento da cultura, preferindo períodos ótimos em detrimento de semeaduras tardias.
• Diminuir as perdas de grãos durante a colheita.
• Efetuar o controle da cigarrinha do milho conforme orientação técnica.
Texto: Maria Alice Lussani/Ascom Seapdr
Edição: Secom
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