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Ferramenta que analisa dados econômicos vai auxiliar governo na avaliação e na formulação de políticas públicas

Em evento on-line que reuniu mais de 120 pessoas na segunda-feira (15/7), a Secretaria da Fazenda (Sefaz) apresentou uma solução digital que combin...

16/07/2024 12h38
Por: Redação Fonte: Secom RS
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Em evento on-line que reuniu mais de 120 pessoas na segunda-feira (15/7), a Secretaria da Fazenda (Sefaz) apresentou uma solução digital que combina dados públicos e oferece informações sobre a atividade econômica no Rio Grande do Sul. A nova Matriz de Insumo-Produto do Estado (MIP) começou a ser idealizada em 2018 e integra o Programa de Inovação do Tesouro do Estado (PIT).

De forma inédita, a ferramenta combina registros administrativos agregados pela Receita Estadual, como notas fiscais eletrônicas, com informações das contas nacionais e regionais tabuladas pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), e compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir desses dados, são construídas tabelas que fornecem informações sobre atividades e produtos.

A MIP permite conhecer e medir a interação entre diferentes setores da economia e combiná-los com fatores externos ao Estado, detalhando cadeias produtivas. Dessa forma, são oferecidos parâmetros objetivos que podem ser usados para a avaliação do impacto de investimentos públicos ou privados e para a formulação de novas políticas de desenvolvimento, auxiliando na busca por caminhos sustentáveis para o fortalecimento dos setores produtivos.

“Depois dessa catástrofe meteorológica, o MIP se tornou ainda mais importante, pois é uma ferramenta não apenas do setor público, mas do povo gaúcho, porque será possível utilizar dados para melhorar a qualidade de ações na economia, entregando propostas e projetos”, destacou a titular da Sefaz, Pricilla Santana.

O trabalho começou a ser executado em 2022 e reuniu professores e alunos de pós-graduação do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de consultores seniores. No Rio Grande do Sul, equipes da Sefaz, tanto do Tesouro do Estado quanto da Receita Estadual, e da SPGG se envolveram no projeto. “A cooperação entre as áreas da Sefaz e da SPGG permitiram a construção do trabalho com ainda mais qualidade e com multidisciplinariedade”, reforçou o subsecretário-adjunto do Tesouro, Cristiano Martyniak.

O responsável pelo programa e chefe da Divisão de Estudos Econômicos e Fiscais e Qualidade do Gasto (DEQG), Marcos Antonio Bosio, ressaltou que o enfrentamento das particularidades da economia gaúcha exige uma infraestrutura colaborativa, com diálogo racional e baseado em evidências fundamentadas: “O difícil desenho institucional em que foi instituído o projeto foi o principal desafio, unindo expertise, uso de dados disponíveis e a relação de confiança entre os atores envolvidos com parâmetros objetivos pra a reconfiguração das cadeias produtivas do Estado”, afirmou.

Para o coordenador do projeto, o professor Fabio Freitas, da UFRJ, o principal aspecto inovador da solução é a aplicação da metodologia que reúne dados de diferentes fontes, produzindo um resultado útil: “As informações das notas fiscais foram fundamentais para a obtenção de uma estimativa para o comércio (exportações e importações de produtos) entre o Rio Grande do Sul e as demais unidades da federação, que foi usada, por sua vez, na estimação das tabelas de recursos e usos do Estado”, detalhou.

A ferramenta já está disponível para uso de servidores da DEE e da Sefaz. “Será possível avançar com diagnósticos mais robustos, porque essa metodologia é a mais completa possível. Será de extrema importância no trabalho de políticas públicas”, complementa o diretor do DEE, Pedro Zuanazzi.

O evento contou ainda com a participação da ex-coordenadora do projeto, a atual ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. A especialista foi quem montou a primeira equipe na UFRJ para colaborar com o desenvolvimento da ideia e, agora, tenta levar o projeto ao governo federal.

A construção da ferramenta teve recursos do Programa de Apoio à Gestão dos Fiscos do Brasil (Profisco), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Texto: Ascom Sefaz
Edição: Secom

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