O ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse à CPI da Covid nesta terça-feira (15) que a sua pasta foi contra a reabertura do comércio no estado, decretada quinze dias antes do colapso hospitalar da rede estadual, em janeiro de 2021. Na época, o governador Wilson Lima (PSC), voltou atrás quatro dias depois de decretar o fechamento do comércio em todo o estado, no dia 23 de dezembro de 2020.
A recomendação da rede de assistência da Fundação de vigilância da Saúde era a restrição, porque era a única medida que poderia dar uma trégua para a rede", afirmou. "A retomada do decreto, a revogação do decreto, se deu em função da pressão das manifestações, inclusive da orientação da Segurança Pública em relação às manifestações que estavam sendo violentas".
Ele ainda explicou que a suspensão de decreto foi motivada por pressão popular e risco de protestos violentos, após orientação da secretaria de Segurança Pública.
Campêlo também negou que foi alvo de pressão do governo federal e de seus representantes para apoiar a reabertura do estado. No dia 15 de janeiro, o estado viria a colapsar e registrar falta de oxigênio para pacientes internados.
Durante seu depoimento, o ex-secretário evitou identificar autoridades responsáveis pelo colapso, e culpou a contaminação "imponderável" no estado – que ocorreu no mesmo período em que o governo voltou atrás em aumentar as restrições de circulação – pela tragédia.
"Nós tivemos, infelizmente, no final do ano, um aumento abrupto. Nós saímos de 2.200 internações em dezembro para 7.600 internações já em janero. Um aumento de mais de 300% em poucos dias", disse.
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