Em um ano, as cooperativas da agricultura familiar comercializaram cerca de R$ 3 milhões em produtos alimentícios na unidade da Ceasa de Curitiba, com uma média de 1.800 caixas de frutas e hortaliças por semana. Atualmente, 1.200 produtores vendem na Ceasa.
Até há algum tempo, agricultores familiares enfrentavam dificuldades para vender seus produtos na unidade da Capital. No ano passado uma parceria firmada entre a Central e o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) iniciou a articulação das cooperativas deste segmento na Região Metropolitana de Curitiba para que elas pudessem atuar no espaço Mercado do Produtor, que é o ponto de comercialização para quem não tem um box fixo.
A iniciativa ganhou força e o número de cooperativas que participam do trabalho vem aumentando todos os meses. A parceria resolve a dificuldade que os produtores familiares enfrentam quando tentam comercializar seus produtos.
Segundo o extensionista Dalvan Mallmann, do IDR-Paraná, um dos desafios dos produtores é justamente consolidar os canais de comercialização. "No Paraná muitas cooperativas participam de programas institucionais como o da merenda escolar. Neste caso, o valor é limitado por unidade familiar e pelo calendário escolar”, disse.
De acordo com Mallmann, o Mercado do Produtor é um espaço estratégico de comercialização de frutas, verduras e legumes porque o raio de ação da Ceasa ultrapassa os limites locais, promovendo uma grande circulação de mercadorias.
EXPANDIR HORIZONTES– A possibilidade de expandir o horizonte de comercialização é, de fato, a maior vantagem da atuação no espaço da Ceasa, segundo Sérgio de Oliveira Brito, presidente da Coopertijucas (Cooperativa de Produtores de Cogumelos de Tijucas do Sul). Ele explica que desde a sua criação, em 2013, a cooperativa tinha sua clientela concentrada em Curitiba. Há um ano e meio, quando passou a vender na Ceasa, a Coopertijucas viu suas vendas aumentarem.
“Para as cooperativas de pequeno e médio porte como a nossa, a logística para levar os produtos para outras regiões é inviável. Com as vendas na Ceasa nossos custos continuam os mesmos e atendemos comerciantes de outras regiões”, disse. “O trabalho que a gente teria que fazer para diminuir os custos de frete é resolvido pela Ceasa".
Segundo ele, atualmente a entrega da produção em Curitiba ou para um comerciante que atua a 200 km da Capital tem o mesmo custo com o espaço na Ceasa.
DEMANDA – Os servidores do IDR-Paraná fazem reuniões técnicas nas cooperativas e visitas para avaliar as condições necessárias para atender as demandas do mercado. O trabalho também envolve as prefeituras que participam da implementação do Programa de Desenvolvimento Agroalimentar da Região Metropolitana de Curitiba (Prodam).
Inicialmente apenas três cooperativas aceitaram o desafio de vender na Ceasa, de uma a duas vezes por semana. Aos poucos, mais organizações apostaram na ideia e a ocupação do espaço do Mercado do Produtor, durante toda a semana, ficou mais regular. Apesar do agravamento da pandemia, o mercado de alimentos se manteve estável e os produtores continuam a vender sua produção.
Hoje, 11 cooperativas participam desse trabalho. "Mais importante que aumentar o número de cooperativas nessa parceria com a Ceasa, é manter as organizações atuantes no mercado, gerando resultados para os cooperados", destaca Mallmann. Ele acrescenta que a intenção é atrair outras cooperativas da Região Metropolitana de Curitiba e avançar para organizações de outros municípios.
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