O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (8) à CPI da Covid que foi dele a ideia de não nomear a médica Luana Araújo. Segundo ele, a Casa Civil a aprovou para o cargo.
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Na semana passada, ao ser ouvida pela comissão, Luana declarou que, após dez dias no cargo, foi informada pelo ministro da Saúde que não seria mais nomeada. Ela entendeu na ocasião que órgãos superiores haviam vetado sua presença na secretaria de acompanhamento da pandemia.
Queiroga explicou que todas as nomeações têm de ser aprovadas por dois órgãos federais, a Casa Civil e a Segov (Secretaria de Governo da Presidência da República). Mas disse que não houve veto nesse caso.
"Eu desisti da doutora Luana porque ela não estava suscitando o consenso que eu desejava", declarou aos senadores. Entendi que, pelo seu perfil, não iria contribuir para o que eu queria."
Ele não gostou, no entanto, quando o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), usou a palavra veto ao falar da médica. "Não tem veto, eu posso exonerar qualquer um dos meus secretários. Posso deixar de nomear, faz parte da minha atribuição."
Queiroga reiterou que a medida não ocorreu por influência do Palácio do Planalto. "Mudei minha decisão. Eu não falei que era o Palácio. Se ela entendeu dessa forma, é questão de entendimento dela", disse.
"Não é questão de ocultar a verdade, é uma decisão discricionária do ministro, de nomear ou não a secretária."
Questionado pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), por que então ele havia feito o pedido de nomeação à Casa Civil, Queiroga garantiu que o órgão aprovou o nome de Luana.
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