Em seu primeiro evento oficial após o anúncio da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) dizendo que a Copa América deste ano será realizada no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que todos os seu ministros foram favoráveis à ideia e que o "caso está encerrado".
"Fui procurado pela CBF [Confederação Brasileira de Futebol] com a informação de que a Argentina não sediaria mais a Copa América e questionando se o Brasil poderia sediá-la. A primeira resposta, a princípio, foi sim. Porque consulto os meus ministros. Não consultei o do Turismo, porque nesse momento, como não vai ter torcida, não era necessário consultar o Gilson [Machado]. Então, conversei que poderiam estar envolvidos nesse evento. Foi unânime", disse Bolsonaro durante anúncio de patrocínio da Caixa e das Loterias Caixa a esportes olímpicos e paralímpicos, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Mais cedo, antes de se dirigir ao evento, o presidente conversou com apoiadores e garantiu que, no depender do governo federal, o torneio internacional será realizado em solo brasileiro, mesmo com o agravamento da pandemia de covid-19.
Sobre a questão sanitária, o chefe do executivo federal destacou que outros torneios internacionais estão ocorrendo no Brasil.
"No tocante à saúde, eu respondo o seguinte: no Brasil está em curso a Libertadores da América", disse. Em seguida, dirigiu a palavra ao vice-presidente, Hamilton Mourão. "O teu Flamengo, Mourão, está classificado, o meu Palmeiras está classificado. E acabou a primeira fase. Times da Venezuela, Equador, Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina. Sem problema nenhum. Obedecendo um protocolo. Não tem torcida. E os exames protocoloares."
Bolsonaro, na sequência, fez duras críticas à imprensa. "Quando dei sinal verde para os meus ministros, houve quase que uma hecatombe no meio jornalístico, que está importando uma nova cepa etc. Será que é porque a transmissão da Copa América não é da Globo, e sim do SBT? Parece que é. Então, deixo bem claro: no que depender do governo federal, será realizada a Copa América no Brasil", disparou.
O presidente voltou a criticar as medidas de isolamento social adotadas por prefeitos e governadores para frear o contágio do novo coronavírus. "Desde o começo, por ocasião da pandemia, estou dizendo: lamento as mortes, mas nós temos que viver. Se é para todo mundo ficar em casa, vamos determinar que o homem do campo fique em casa também. Quero ver do que a cidade vai sobreviver."
E encerrou o assunto Copa América dizendo que a questão, por parte do governo federal, está decidida. "Considero, da parte do governo federal, assunto encerrado. Todos os meus ministros são favoráveis à Copa América no Brasil com os mesmos protocolos das Eliminatórias e da Libertadores. Caso encerrado."
Durante o evento, a Caixa Econômica Federal e as Loterias Caixa apresentaram o projeto de apoio que destina R$ 82 milhões em patrocínios para esportes olímpicos e paralímpicos, além de iniciativas sociais que assistem jovens e crianças em vulnerabilidade social.
Entre os mais patrocínios anunciados, está incluído o skate, que figura pela primeira vez na programação olímpica neste ano. São ao todo 12 patrocínios a modalidades ou projetos esportivos.
Em maio, a Caixa anunciou a manutenção das parcerias a Confederação Brasileira de Atletismo, com a Confederação Brasileira de Ginástica e com o Comitê Paralímpico Brasileiro.
Paramos de investir nos clubes de futebol, porque não precisam. Quem precisa são os paralímpicos. "São 250 mil pessoas com deficiência através 2,2 mil apaes que serão beneficiadas com que estamos anunciando hoje", disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. "Além disso, mantemos o patrocínio da parte de atletismo, ginástica, que são o que consideramos aqueles com maior nível de inclusão. Porque queremos ir na parte mais carente da sociedade."
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