As comorbidades podem enfraquecer o sistema imunológico e tornar as pessoas mais suscetíveis a complicações graves por doenças infecciosas. A melhor forma de fortalecer o sistema imunológico e reduzir o risco de complicações é através da vacinação. Entre os imunobiológicos recomendados para adultos no geral – com ou sem comorbidade – estão covid-19, tríplice viral, hepatite B e febre amarela.
A coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Ana Karine Borges, explica que a definição de comorbidades está na ocorrência de duas ou mais doenças relacionadas no mesmo paciente, ao mesmo tempo, que tornam estas mais suscetíveis a outras doenças e infecções. Por exemplo, um paciente pode apresentar um quadro de uma hérnia de disco e ter outras doenças relacionadas (comorbidades), como obesidade e diabetes.
“Os portadores de comorbidades possuem condições clínicas que os tornam mais vulneráveis a infecções, assim é importante a completude do esquema vacinal, pois a imunização desempenha um papel crucial na redução do risco de complicações e óbitos”, relata Ana Karine Borges.
Há dez anos em tratamento contra a diabetes no Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), unidade da Sesa, Mônica dos Santos (52) acredita que, além dos cuidados diários com a alimentação e prática de exercícios físicos, a melhor forma de prevenir doenças é através da vacinação. “Eu tive lesão nos pés e estou tratando para que a situação não se agrave. Estou cuidando da minha saúde e com todas as vacinas em dia. A imunização é a melhor forma de prevenir doenças”, conta Mônica.
A enfermeira do CIDH, Nubia Uchôa, explica que perguntar sobre vacinação é rotina na triagem da unidade. “Tudo que diz respeito à prevenção, nós perguntamos. Indicamos aos pacientes com vacinas pendentes que vão ao posto de saúde e peçam ao profissional para entrar no sistema e resgatar o histórico de vacinas”, explica.
A diabetes e a hipertensão são patologias associadas à inflamação sistêmica do corpo, que compromete o equilíbrio do metabolismo. Com isso, as infecções podem afetar com maior gravidade pessoas com essas doenças, principalmente quando o indivíduo estiver descompensado, ou seja, com altas taxas de açúcar no sangue ou com a pressão desregulada.
A endocrinologista e diretora-geral do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), Cristina Façanha, explica que todas as formas de prevenção de doenças são importantes para ajudar as defesas do organismo, inclusive as vacinas. “A hipertensão e a diabetes são patologias inflamatórias, que levam a uma grande reação inflamatória sistêmica. Isso compromete a habilidade do sistema imunológico de defender o corpo contra micro-organismos externos que causam doenças, por isso é importante estarmos todos vacinados”, pontua.
De acordo com guia publicado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), as vacinas “especialmente recomendadas” aos pacientes com diabetes são: influenza, pneumocócicas conjugadas (VPC10 ou VPC13), pneumocócica polissacarídica, hepatite B, varicela e herpes zóster. Cada um desses imunizantes têm recomendações diferenciadas de aplicação.
Caso o paciente esteja com o calendário vacinal atrasado, o recomendado é procurar a unidade básica de saúde e buscar orientação. Na rede estadual de saúde, a vacina contra a herpes zóster, doença que afeta principalmente idosos, pode ser administrada pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), mediante apresentação da solicitação médica.
Além das vacinas citadas, a diretora do CIDH ressalta a importância da vacinação contra a covid-19. “Para se vacinar contra a covid-19, para quem não se vacinou ainda ou está com a dose de reforço em atraso, é preciso procurar o serviço de saúde do seu município”, finaliza.
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