A Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) sediou, nesta semana, o encontro anual do programa internacional de Pesquisa em Segurança Transfusional (REDs IV-P Brasil), no qual mais de 100 pesquisadores de várias partes do Brasil e do mundo participam do evento presencial e de forma online.
Com base em estudos laboratoriais e pesquisas epidemiológicas, o REDS tem o objetivo de melhorar a eficácia e segurança das práticas dos bancos de sangue e a medicina transfusional, com atenção não só para adultos, mas também para recém-nascidos e crianças que precisam de transfusão.
A abertura do evento foi feita pela diretora-presidente do Hemoam, Dra. Socorro Sampaio. “O REDs é um programa de extrema importância para o Brasil, pois fortalece a segurança transfusional. Aqui no Hemoam nós estamos sempre em busca de prestar um serviço de excelência e recentemente nós avançamos bastante nesse sentido, como o NAT Malária e o Manual de Transfusão do Hemoam, que traz todas as boas práticas da hemoterapia”, disse.
A coordenadora nacional do programa, Ester Sabino, avalia que é o momento analisar o que foi feito e definir os próximos passos. “O maior estudo sobre anemia falciforme, por exemplo, é feito pelos hemocentros do Brasil, então precisamos aumentar nossas descobertas e ajudar os grupos a desenvolverem pesquisas aplicadas nesse assunto”, ponderou a pesquisadora que ficou internacionalmente conhecida pelo sequenciamento genético do coronavírus no Brasil.
O coordenador internacional do programa, Brian Custer, também participou do evento no Hemoam. Segundo ele, há um conjunto de oportunidades que podem ser exploradas para pesquisas relacionadas a doenças infecciosas emergentes no Brasil.
“Há mais de três anos esperávamos estar aqui em Manaus, no Hemoam, e estamos muito felizes por isso. Temos muitas oportunidades de fazer uma ciência importante e relevante para a segurança transfusional no Brasil e também internacionalmente, então queremos avaliar o que fizemos antes, se fomos bem sucedidos e expandir isso”, disse o coordenador.
A Fundação Hemoam participa do programa REDs desde 2019. Os encontros anuais ficaram suspensos devido à pandemia e retomaram agora. Os estudos abordam diversos temas, com destaque para segurança transfusional de pacientes com doença falciforme, visto que é uma população altamente transfundida, e estudos sobre perfil epidemiológico, incluindo novas cepas durante a pandemia da Covid-19.
Além do Hemoam, participam do REDs IV pesquisadores dos hemocentros de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo. Durante o encontro, membros do programa dos Estados Unidos também participaram via conferência online.
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