Equipe realizou transporte do órgão com auxílio de um helicóptero da Ciopaer
O Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realizou sua terceira captação de órgãos este ano. O procedimento foi feito no último domingo (18), na unidade que fica em Quixeramobim, por uma equipe do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC).
A família do paciente que estava internado no HRSC autorizou a doação do fígado para transplante. O traslado até Fortaleza, onde ocorreu a cirurgia, foi realizado por um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Polícia Militar (PM).
A última captação no HRSC tinha ocorrido em janeiro deste ano, quando familiares de dois pacientes autorizaram a doação de fígado e rim. Em todas as captações, o processo é acompanhado pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT).
Graças ao trabalho da Comissão, o HRSC tem se destacado por meio de uma triagem que é realizada de forma respeitosa, atuando para expandir os registros de possíveis doadores através de um processo realizado sob pilares da dignidade, do respeito ao próximo e com humanização aos familiares dos entes envolvidos.
A enfermeira da CIHDOTT do HRSC, Maria Vasconcelos, destaca a felicidade em conseguir mais um doador. “A Comissão acompanha todo o processo, até o momento em que o médico comunica à família. Entramos em contato com a Central de Transplantes do Estado e depois iniciamos o processo de entrevista com os familiares. Estamos felizes porque, neste momento, tem uma pessoa com o fígado de um paciente que os familiares entenderam a importância de doar”, explica.
Criada em 2019, a CIHDOTT do HRSC viu seu trabalho se expandir nos anos de 2021 e 2022, quando registrou números otimistas de doações de órgãos e tecidos. Naquele período, foram acompanhados 57 pacientes e destes, 23 tiveram a doação concretizada.
O diretor administrativo do HRSC, Elisfabio Duarte, reflete a importância de fazer parte de uma política pública de saúde cujos resultados são potencializados pela participação da população. “É muito gratificante fazermos parte de tudo isso, enquanto política pública de saúde. E é algo muito especial, que o nosso Hospital seja um espaço de construção de tudo isso no contexto da região do Sertão Central”, pontua.
Atualmente, o Ceará tem cerca de 1.259 pessoas na fila de espera por um transplante. Os órgãos que podem ser transplantados são: rim, fígado, córneas, pâncreas, coração e pulmão, ou seja, um único doador pode salvar até seis vidas. Também é possível doar medula óssea e alguns tecidos.
Para doar, basta que a família esteja ciente do seu desejo. Caso algo aconteça e a pessoa chegue a sofrer uma morte encefálica, são os familiares quem autorizam a doação.
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