Fotos: Roberto Zacarias / Secom
O teste do pezinho é oferecido em mais de 1.200 unidades de Saúde, de forma gratuita, em todos os municípios catarinenses, e é fundamental para detecção de doenças que podem impactar o desenvolvimento dos bebês no período mais vulnerável: os primeiros meses de vida. Neste Dia Nacional do Teste do Pezinho, marcado em 6 de junho, a Secretaria de Estado da Saúde anuncia que irá duplicar, a partir do próximo mês, o número de lancetas, instrumentos que garantem mais qualidade do exame.
“Nosso governo não economiza quando o assunto é Saúde. Essa área é prioridade para nossa gestão, sempre melhorando a qualidade dos serviços e garantindo que todo catarinense receba atendimento médico ao chegar em uma unidade. Investir em Saúde, ainda mais nesse caso em que falamos dos bebezinhos das famílias de SC, é investir no futuro do nosso estado”, ressaltou o governador Jorginho Mello.
Esse material extra proporciona mais segurança no momento da coleta. “A punção de calcanhar para coleta de sangue para o teste do pezinho possui uma característica específica e exclusiva para obter a quantidade de sangue adequada para amostra. Algumas coletas apresentam um desafio aos profissionais de saúde, por temperaturas baixas e fragilidade capilar do bebê. Para isso, é necessário contar com uma reserva técnica de lancetas para esses casos”, explicou a enfermeira da Coordenação Estadual de Triagem Neonatal, Francielle de Almeida.
Em Santa Catarina, o município de Anitápolis ampliou ainda mais a atuação. Considerando a dificuldade de acesso de algumas famílias, devido à distância, ou mesmo meio de transporte, implantou a coleta domiciliar do teste do pezinho, se tornando uma referência nacional.
A equipe formada por técnicos de enfermagem e enfermeiros da unidade básica de saúde se dirigem até as residências realizando além da coleta, um atendimento completo com orientações de amamentação e cuidados com o bebê.
“Garantir o acesso em tempo oportuno é imprescindível para o programa da triagem neonatal e para a saúde da criança. Com a coleta domiciliar do exame ganhamos velocidade no resultado”, reforça Francielle.
Em 2022, o Programa Nacional de Triagem Neonatal Biológica realizou, em Santa Catarina, 88.707 exames em recém-nascidos. A recomendação para coletar este exame é a partir de 48 horas de vida até o 5° dia de vida, e ele é fundamental para identificação de marcadores de doenças que ainda não apresentaram sintomas, sendo elas: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Doença Falciforme e outras hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase.
Os dados do Estado são positivos, com uma cobertura de 92% dos nascidos vivos. Entre janeiro e maio de 2023 foram 38.765 testes realizados.
O hospital de referência para o atendimento desses pacientes em que há a detecção de alguma dessas condições é o Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), em Florianópolis. A indicação é que o início do tratamento ocorra logo que haja o diagnóstico. “Pedimos sempre aos pais que não deixem de fazer o teste do pezinho, que não deixem de ver o resultado. É muito importante para a saúde da criança. O hipotireoidismo, por exemplo, se não tratado logo, pode levar a consequências de dano cerebral e até de debilidade mental irreversível. Não deixem de prestigiar e entender que a saúde do filho de vocês depende muito desse início de vida da triagem neonatal”, afirma o endocrinologista pediátrico, Paulo Cesar Silva.
O teste é rápido, fácil e seguro. Ele pode ser acessado pelas mães, num período de até 90 dias, neste site .
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