A cidade de Pinhais vai ganhar um novo hospital de referência. A autorização para a construção da estrutura, que receberá um investimento de R$ 124 milhões em um modelo de Parceria Público-Privada (PPP), foi dada nesta terça-feira (06) com a assinatura da ordem de serviço pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e a prefeita de Pinhais, Rosa Maria Colombo.
Focado principalmente no atendimento neonatal, o hospital terá uma área de 14,2 mil metros quadrados e contará com 90 leitos, sendo 20 deles de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dos quais metade será para adultos e a outra metade para o cuidado com recém-nascidos. O atendimento do hospital será focado 100% para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Ratinho Junior, o novo hospital faz parte da estratégia de descentralização dos atendimentos de saúde em todo o Paraná e deverá ter impacto positivo em toda a Região Metropolitana de Curitiba (RMC). “A cidade de Pinhais merecia um hospital de grande porte, que começou a ser idealizado há dois anos com um projeto bem organizado pela prefeitura”, afirmou.
“Nosso compromisso é trabalhar para que a saúde esteja cada vez mais perto das pessoas, por isso temos investido na construção, ampliação e melhoria de diversos hospitais, ambulatórios e unidades de saúde em todas as regiões do Estado”, acrescentou o governador.
Presente no evento, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, lembrou os investimentos que a atual gestão tem feito nos últimos anos em todo o Paraná. Ele citou os casos dos hospitais regionais de Guarapuava, Ivaiporã e Telêmaco Borba, a ampliação do hospital de Paranavaí e do hospital da zona Norte de Londrina e o Hospital da Criança de Maringá.
Na Região Metropolitana de Curitiba, ele mencionou como exemplos a primeira reforma para modernização do centenário hospital da Lapa, a construção do hospital de Colombo e dos Ambulatórios Médicos de Especialidades de São José dos Pinhais e Almirante Tamandaré, entre outros investimentos.
“É uma porta nova que se abre para ampliar o atendimento em toda a RMC, assim como já estamos fazendo com os hospitais de Colombo e São José dos Pinhais, o que demonstra que esse é um governo que olha para todo o Paraná, distribuindo recursos de forma justa entre todas as regiões”, declarou o secretário da Saúde.
APORTES– Do total a ser investido no projeto, R$ 62 milhões foram financiados através do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com recursos captados junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFB). O valor será utilizado pela Concessionária Saúde Pinhais Ltda, empresa vencedora do processo licitatório, para custear parte do valor da obra, equipamentos e mobiliário necessários à operacionalização dos serviços de apoio não assistenciais.
A contrapartida da Prefeitura de Pinhais, de R$ 50 milhões, foi custeada também com créditos concedidos pelo BRDE, que além da AFD, também obteve recursos em operações viabilizadas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o New Development Bank (NBD), conforme explicou o diretor paranaense do BRDE, Wilson Bley Lipski.
“Neste projeto, o BRDE atuou com a oferta de financiamentos nas duas pontas, o que faz com que consigamos efetivar as ações projetadas pelo poder público de forma mais rápida”, disse. “Neste momento, o BRDE vive um novo momento em que buscamos parcerias com outros órgãos públicos e a iniciativa privada, com financiamentos adequados e de longo prazo visando o desenvolvimento social e econômico”.
FUNCIONAMENTO– A estrutura será equipada com centro cirúrgico, incluindo salas obstétricas cirúrgicas, leitos de Recuperação Pós-Anestésica (RPA) e centro para a realização de partos normais. Também haverá um pronto socorro obstétrico e um ambulatório com obstetrícia e centro de especialidades, além de estrutura de apoio para exames como diagnóstico por imagem, tomografia, raio-X, endoscopia e colonoscopia.
O novo hospital substituirá o atual Hospital Nossa Senhora da Luz de Pinhais, que possui baixa capacidade de atendimento, sem possibilidade de expansão, além de exigir deslocamento de pacientes de alto risco para outras unidades da RMC. Entre as vantagens do modelo, está a contratação única para a obra e operação, estabelecimento de metas de desempenho, compartilhamento de riscos, redução com cursos de pessoal, mais eficiência administrativa e qualidade nos serviços prestados.
Além do aumento imediato de capacidade de atendimento médico municipal, com possibilidade de operações de alto risco e novas UTIs, o projeto do hospital prevê que ele pode ser ampliado no futuro em caso de aumento de demanda.
No contrato de PPP desenhado, a concessionária será responsável, além de toda a estrutura física, pela prestação dos serviços de assistência que não envolvem a atuação médica direta por 35 anos. Denominado tecnicamente de “Bata Cinza”, ele inclui o trabalho de recepção, telefonia, portaria, vigilância, lavanderia, limpeza, manutenção, jardinagem, alimentação, nutrição, tecnologia da informação e exames laboratoriais, entre outros.
De acordo com a prefeita de Pinhais, assim que for concluído, em um prazo que vai de 18 a 24 meses, o novo hospital significará uma ampliação e qualificação expressiva das ofertas assistenciais de saúde, com destaque para o atendimento materno-infantil. “O projeto representa uma requalificação e um avanço muito significativo no atendimento à saúde da nossa cidade em uma parceria com o Governo do Estado, que é fundamental não apenas para a construção do hospital como para a sua operacionalização”, comentou Rosa.
PRESENÇAS– Também participaram da assinatura da ordem de serviço o secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel; os deputados estaduais Alexandre Curi, Marli Paulino, Gilberto Ribeiro, Alexandre Amaro, Luis Corti, Cantora Mara Lima, Soldado Adriano José e Adão Litro; o prefeito de Campina Grande do Sul, Bihl Zanetti; o prefeito de Piraquara, Josimar Froes; e o ex-deputado federal e ex-prefeito de Pinhais, Luizão Goulart.
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