Considerado o Mês das Mães, maio ganhou visibilidade com a criação da Campanha Maio Furta-Cor. O movimento, que acontece simultaneamente em todo o Brasil e em outros 17 países, tem como objetivo conscientizar e sensibilizar toda a população sobre o incentivo ao cuidado e promoção da saúde mental materna.
Por meio do site www.maiofurtacor.com.br , toda a população interessada pode participar da campanha. Neste sábado (13), acontecerá uma marcha de apoio à iniciativa em diversas cidades do Brasil. No Paraná a concentração será nas ruínas São Francisco, na Capital (Avenida Jaime Reis, S/N - São Francisco), às 11h.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a maternidade é um período de grandes mudanças hormonais e novas adaptações na vida da mulher. Com a sobrecarga de responsabilidades e a falta de apoio emocional, esse momento se torna um desafio para a saúde mental dessas mulheres.
“A saúde mental materna é uma questão que precisa ser amplamente discutida”, afirma o secretário. “É fundamental fornecer políticas públicas e programas para auxiliar as mulheres no período de gestação, parto e puerpério, pois essas fases propiciam o quadro de estresse, ansiedade e depressão”.
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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão pós-parto atinge cerca de 15% das puérperas nos países desenvolvidos, e 19% nos países em desenvolvimento. Para ampliar o olhar sobre esta população, a Secretaria estadual da Saúde (Sesa), por meio da Linha de Cuidado Materno Infantil e de Saúde Mental, planeja e desenvolve ações de promoção e cuidado na Rede de Atenção à Saúde (RAS).
Além de capacitações ligadas a especialização dos profissionais, como a bolsa de pós-graduação de enfermagem obstétrica, ofertada pela Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP), já está em desenvolvimento um volume especial da Linha Guia voltado exclusivamente à Saúde Materna.
Outra importante ferramenta de promoção da Saúde Mental Materna é o plano de parto. Ele pode ser utilizado pela equipe de saúde para melhorar a experiência de parto e nascimento, além da prevenção de violências no ciclo gravídico e puerperal e condição de risco para eventos de depressão perinatal.
A Sesa conta ainda com o incremento financeiro vinculado ao Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS, repassando a essas unidades R$ 400,00 por parto de risco habitual, R$ 640,00 por parto de risco intermediário e, aos hospitais e maternidades que fazem partos de alto risco, R$ 130 mil por mês.
“Ações conjuntas entre as diversas áreas da saúde com toda a sociedade são fundamentais para fortalecer e promover a saúde mental das mães paranaenses”, afirma a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
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