O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é celebrado todo dia 18 de maio e diversos órgãos governamentais adotam estratégias e ações para o combate a esse tipo de crime e também ofertam serviço para o acolhimento das vítimas.
Neste ano, a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) levou um stand para o piso L1 do Salvador Shopping com a proposta de esclarecer dúvidas sobre os crimes contra este público e as medidas de polícia judiciária realizadas nesses casos, além de distribuir adesivos alusivos à data.
A delegada titular da Derrca, Simone Moutinho, aponta que de acordo com pesquisas, a cada 15 minutos uma criança sofre exploração sexual no país e o trabalho para identificar esse tipo de crime deve ser constante. “Esse é um dado assustador e sabemos que subnotificado. A gente precisa conclamar a sociedade a ter uma responsabilidade sobre este tema. Ficaremos no shopping até as 19h de hoje nesse trabalho de sensibilização”.
Denúncias de violência sexual podem ser realizadas pelo Disque 180 e Disque 100 ou na Derrca, na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) ou Conselho Tutelar mais próximo do bairro onde a criança/adolescente reside.
AME
Em funcionamento no Hospital da Mulher, desde 2017, o Serviço de Atendimento às Mulheres que foram Expostas à Violência Sexual (Serviço AME) é responsável pelo acolhimento de mulheres e adolescentes do sexo feminino a partir de 12 anos.
Até o momento, o serviço já atendeu mais de 800 pacientes e deste total, 35,54% foram menores de idade. Em média, cerca de 200 atendidos são realizados mensalmente na unidade.
A coordenadora do serviço, Jamile Martins, destaca que “ fazemos o atendimento integral a mulheres vítimas de violência sexual a partir dos 12 anos. Atendemos todos os dias da semana, incluindo feriados e datas festivas. Oferecemos todo suporte para que essas mulheres se sintam acolhidas aqui”.
O Serviço AME funciona 24h por dia, no Largo de Roma, em Salvador, e dispõe de equipe multiprofissional composta por médicas, enfermeiras, farmacêuticas, assistentes sociais e psicólogas. A orientação é de que o primeiro atendimento médico seja feito em até 72 horas após o abuso sexual.
Na unidade, as pacientes podem realizar exames laboratoriais sorológicos, profilaxia para HIV e ISTs, contracepção de emergência e exames médicos periciais, além de acompanhamento psicossocial.
As pacientes podem chegar ao AME por meio da chamada ‘porta aberta’, sem necessidade de agendamento prévio, através de órgão judicial e policial, Instituto Médico Legal (IML), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Delegacia Especial de Atenção à Mulher (Deam), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Central Estadual de Regulação da Bahia (CER-BA).
Em caso de dúvidas ou encaminhamentos, o contato pode ser feito pelos telefones (71) 4141-6520 e (71) 3034-5005 ou WhatsApp (71) 99693-8112.
Repórter: Jairo Gonçalves
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