O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou, nesta quarta-feira (5/4), a ocorrência do segundo óbito por dengue no ano. A vítima é um homem de 66 anos, residente de Morro Reuter, que possuía como comorbidade um diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica. O óbito ocorreu em 31 de março.
No ano, o Rio Grande do Sul registra 3,7 mil casos confirmados da doença, dos quais 3.389 são autóctones, quando o contágio aconteceu dentro do Estado. Os demais casos são importados, quando residentes do Rio Grande do Sul foram infectados em viagem a outro local.
Em 2022, o Estado registrou seus maiores índices da doença em toda sua série histórica. Foram mais de 57 mil casos autóctones e outros 11 mil casos importados. Ao todo, foram 66 óbitos em virtude da dengue no ano passado.
Aumento nos casos
Conforme o Comunicado de Risco semanal das arboviroses publicado pelo Cevs, o Estado vem apresentando ascensão na incidência de casos notificados de dengue. O município de Encantado representa hoje 26,8% dos casos confirmados do Rio Grande do Sul e apresentou 51,3% de aumento de casos confirmados nas últimas duas semanas (de 567 para 882 entre os dias 25 de março e 1º de abril). Da mesma forma, a Região de Saúde da qual a cidade faz parte, composta por outros 26 municípios, teve um aumento de 59,1% (de 633 para 1.007) no mesmo período.
Ijuí e Porto Alegre são o segundo e o terceiro município do Estado com o maior número de casos, respectivamente, com aumentos de 102,7% e 137,2% de casos nas últimas duas semanas. Além disso, 23 municípios, que até meados de março não possuíam casos, tiveram confirmação nas últimas duas semanas.
Orientações à população
Diante das manifestações dos primeiros sintomas compatíveis com arboviroses, recomenda-se que a população procure um serviço de saúde, de maneira a evitar o agravamento do caso e a possível evolução para óbito. Os principais sintomas são febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira.
O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes aegypti. Também é importante revisar as áreas interna e externa da residência ou apartamento e eliminar objetos com água parada. Essas ações impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática.
Texto: Ascom SES
Edição: Camila Cargnelutti/Secom
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