O bebês prematuros, aqueles que vêm ao mundo antes da 37ª semana de gestação ou os que pesam abaixo de 2,5kg, precisam de cuidados especiais para deixar a maternidade em estado saudável. O Método Canguru é um desses procedimentos.
Buscando qualificar profissionais para esse tipo de serviço, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) iniciou nesta quarta-feira, 29, o Curso de Sensibilização da Atenção Humanização ao Recém-Nascido, com foco no método.
A capacitação tem duração de três dias e é destinada a profissionais de saúde que atuam na Unidade Neonatal da Maternidade Bárbara Heliodora e Hospital Santa Juliana. A ação está sendo realizada pela Sesacre, por meio do Departamento de Atenção Primaria em Saúde (Daps) e do Núcleo de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (NUCSC), em parceria com a equipe da Maternidade Bárbara Heliodora.
A principal abordagem do método é o cuidado humanizado e qualificado, observando-se as necessidades biopsicossociais e a ambiência promotora de um pleno desenvolvimento.
“A posição é feita através do contato pele a pele na posição vertical e prona, e deve ocorrer de forma gradual e progressiva, favorecendo o vínculo afetivo, a estabilidade térmica, o estímulo à amamentação e o desenvolvimento do bebê”, explica Silvia Helena Araújo, chefe de Divisão de Ações Programáticas e Estratégicas da Sesacre.
Números do Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, mostram que pelo menos 340 crianças nascem na condição de prematuras todo ano no Brasil. O número equivale a 930 por dia ou seis nascimentos a cada dez minutos. Isso coloca o país na 10ª posição do ranking mundial de prematuridade. No Acre, a taxa de prematuridade em 2022 foi de 13,44%, maior que a média nacional, que foi de 12,4% no mesmo ano.
O Método Canguru se inicia no pré-natal, quando a gestação é de alto risco e as chances de o bebê nascer prematuro e com baixo peso são mais altas. O profissional de saúde responsável deve explicar a situação para os pais e orientar sobre o método, guiando-os pelo processo.
Após o nascimento, os pais devem ser acolhidos pela unidade neonatal, onde o bebê ficará internado, e receber todas as informações sobre as condições de saúde do filho. Eles devem fazer parte da rotina do recém-nascido e ser encorajados a tocá-lo e a fazer companhia. A participação do pai é tão importante quanto a da mãe.
Assim que possível, o bebê deve permanecer de maneira contínua com os pais na posição canguru pelo maior tempo possível. Quando ele atinge 1,6 kg, junto com outros parâmetros clínicos, poderá receber alta hospitalar, passando a ter o acompanhamento ambulatorial da equipe hospitalar compartilhado com a equipe da Atenção Básica, até atingir 2,5 kg. A partir daí, o bebê será acompanhado pela Atenção Básica e e na Policlínica do Tucumã, em Rio Branco.
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