Unidades da Secretaria da Saúde do Ceará realizam acompanhamento nutricional personalizado
A nutrição clínica pediátrica vem se consolidando como estratégia fundamental para a recuperação de crianças hospitalizadas. No Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), uma equipe de 17 nutricionistas com diversas especialidades tem sido fundamental para o acompanhamento personalizado, considerando fatores como realidade socioeconômica, condição médica e tratamento em curso.
Esses pacientes, geralmente, são acometidos por déficits nutricionais importantes. As consequências vão desde o acarretamento de uma série de patologias agudas ou crônicas, do agravamento de doenças já existentes, ou até da dificuldade de uma recuperação mais rápida e efetiva, permanecendo mais tempo hospitalizados.
Conforme a nutricionista da Clínica Cirúrgica Pediátrica do Hias, Taciana Carvalho, o atendimento é feito de forma individualizada, a fim de suprir essas necessidades. “Dispomos de diferentes tipos de frutas e massas para mingau, suplementos proteicos, fórmulas para quem se alimentam por sonda, além do nosso importante banco de leite humano. O ‘Albert Sabin’, via Sistema Único de Saúde (SUS), é muito bem abastecido para atender às diferenças de cada paciente”, detalha.
A nutrição atua de forma especializada nos casos de maior complexidade que compõem o perfil do paciente do Hias. A unidade é referência na assistência de crianças com erros inatos do metabolismo, doenças genéticas que deixam sequelas neurológicas. Destacam-se, ainda, enfermidades graves como fibrose cística, encefalopatia crônica não progressiva e epilepsia refratária.
“A nutrição faz diferença na evolução do paciente, seja ele crônico ou não. Se ele é bem atendido no aspecto nutricional, demora mais tempo para retornar à unidade e, assim, temos uma taxa de permanência hospitalar reduzida”, afirma Carvalho.
Comer, um momentos feliz
No Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), os pequenos internados na Pediatria também recebem uma atenção especial. A preparação do cardápio exige o acompanhamento no que é oferecido aos pacientes, principalmente àqueles com intolerância, alergias, diabetes e outros diagnósticos que indiquem restrições.
A nutricionista Thainá Lopes (na foto à direita), uma das profissionais atuantes na Clínica Pediátrica, explica que os itens vão desde café com leite, frutas, almoço com feijão, arroz, saladas e carnes, até lanches e jantar. “Levamos em consideração a prescrição médica e a idade. Fazemos a escolha de acordo com o cardápio padrão do hospital e as demandas de cada paciente. Normalmente, a criança já vem com uma dificuldade de aceitação de alguns alimentos, por isso, vamos adaptando os insumos, seguindo o que ele ou ela está tolerando naquele período”, diz.
Quando o paciente não aceita vitaminas ou a refeição completa, o menu é alterado conforme a necessidade – substituindo salada crua por cozida ou arroz branco por integral. “Quando a criança não recebe bem a alimentação, isso preocupa os pais. Então, tentamos fazer o melhor para cada perfil”, pontua Lopes.
Durante as datas comemorativas, em especial na Pediatria, profissionais da área costumam personalizar as marmitas e os alimentos com as respectivas celebrações. No Dia das Crianças, por exemplo, os itens ganham formatos de rostinhos. Já no São João, as marmitas são distribuídas com fogueirinhas desenhadas e milho verde entre as opções de acompanhamento. No Natal, a temática do Papai Noel alegra a refeição. “Na Pediatria, todo dia tem de ser um momento feliz”, destaca a nutricionista.
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