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Educação Acre

Aluna da rede pública do Acre ganha prêmio nacional do Ministério Público do Trabalho

“Trabalho infantil nem pensar”. Com esta poesia, a aluna Luiara do Nascimento, que está no sexto ano do ensino fundamental, da escola Raimundo Maga...

10/03/2023 12h21
Por: Redação Fonte: Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

“Trabalho infantil nem pensar”. Com esta poesia, a aluna Luiara do Nascimento, que está no sexto ano do ensino fundamental, da escola Raimundo Magalhães, localizada no segundo distrito de Sena Madureira, foi premiada em primeiro lugar, na categoria poesia, de um concurso realizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), edição 2022.

O concurso teve como finalidade fomentar produções literárias, artísticas e culturais e, no Acre, aconteceu em oito municípios. Além da capital, Rio Branco, concorreram também alunos de Cruzeiro do Sul, Senador Guiomard, Mâncio Lima, Feijó, Tarauacá, Rodrigues Alves e Brasileia.

Luiara e mãe, Antônia, recebem o prêmio do MPT na categoria poesia. Foto: Mardilson Gomes
Luiara e mãe, Antônia, recebem o prêmio do MPT na categoria poesia. Foto: Mardilson Gomes

Para ganhar o prêmio do MPT, Luiara Nascimento venceu primeiro a etapa municipal, depois a etapa estadual e, no dia primeiro de dezembro do ano passado, ganhou a etapa nacional, onde concorreu com representantes de 19 regionais. Ela representou o regional Acre/Rondônia.

Nesta quinta-feira, 9, aconteceu no auditório da escola Dom Júlio Mattioli, em Sena Madureira, a entrega da premiação. A estudante foi contemplada com um iphone, troféu e medalha e a equipe que coordenou o trabalho recebeu R$ 500 reais para ser utilizado na aquisição de livros.

A aluna conta que estava estudando quando recebeu a notícia de que havia ficado em primeiro lugar, em nível nacional, do concurso. “Eu estava estudando quando soube da premiação e fiquei muito feliz. Eu via as crianças trabalhando e me inspirei para fazer a poesia”, conta.

Concurso do MPT foi realizado em parceria com a SEE e participaram escolas de 8 municípios acreanos. Foto: Mardilson Gomes
Concurso do MPT foi realizado em parceria com a SEE e participaram escolas de 8 municípios acreanos. Foto: Mardilson Gomes

A mãe de Luiara, Antônia Souza, por sua vez, disse estar orgulhosa pela premiação recebida e que é emocionante ter uma filha inteligente. “Eu me sinto orgulhosa como mãe, porque em casa ela é muito estudiosa, também é obediente e dedicada, gosta de ler e escrever e desde criança já rabiscava papéis”, revela.

A chefe da Divisão de Assistência Escolar da SEE, professora Priscila Volter, que acompanhou a entrega da premiação à aluna, fez questão de destacar que a educação muda vidas, abre portas. “A educação transforma vidas, porque mesmo sendo do interior ela mostrou a que veio”, destacou.

Já para a diretora da escola Raimundo Magalhães, onde Luiara estuda, trata-se de um momento histórico. “Ganhar esse prêmio nacional eu só tenho a agradecer a minha equipe e em 2023 se houver novamente esse concurso vamos continuar fazendo novamente esse trabalho”, frisou.

“É um prêmio para o estado”

Luiara do Nascimento teve como coordenador do seu trabalho o professor Carlos Alberto Silva. Para ele, trata-se de um prêmio não apenas para a estudante, mas também para a escola Raimundo Magalhães, que ganhou relevância, e para o próprio estado.

“É gratificante receber esse prêmio, principalmente para mim, que sou professor dela e para a escola, porque não é todo dia que se ganha um prêmio nacional e a gente enfatizou muito esse projeto junto a coordenação pedagógica. E graças a Deus conseguimos e estamos muito felizes por esse primeiro lugar”, afirmou.

Professor Carlos Alberto: “também já fui vítima de trabalho infantil”. Foto: Mardilson Gomes
Professor Carlos Alberto: “também já fui vítima de trabalho infantil”. Foto: Mardilson Gomes

A poesia vencedora ganha muito mais ênfase na medida em que ele próprio foi vítima de trabalho infantil. “Embora seja um tema muito polêmico e que ainda hoje afeta a sociedade, esse projeto foi fundamental para a nossa escola. Parece um sonho, mas é real”, enfatiza.

“Isso é um prêmio para o estado. A aluna ganha e também a escola, porque trata-se de um trabalho coletivo e nós não chegamos aqui por acaso, foi tudo realizado por uma equipe, chegamos até aqui coletivamente e se esse ano houver o concurso, vamos fazer novamente”, disse.

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