Em uma reunião realizada nesta quarta-feira (18), membros da Secretaria de Justiça (Sejus), em parceria com a equipe da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), estiveram discutindo a possibilidade de implantar cursos profissionalizantes para detentos do sistema prisional piauiense, firmando a união entre a educação, segurança e justiça para trabalhar com a ressocialização de pessoas privadas de liberdade na sociedade.
“Nossa proposta é proporcionar acesso à qualificação profissional aos detentos que estão cumprindo penas de menor poder ofensivo e que poderiam estar fazendo cursos de um nível profissionalizante, até para estimulá-los na sua ressocialização e ajudá-los para que as empresas os contratem”, declara Paulo Henrique Pinheiro, superintendente de Educação Técnica e Profissional e Educação de Jovens e Adultos (SUETPEJA/SEDUC).
Os gestores irão propor a ampliação de um grupo de trabalho, com portaria conjunta, Seduc, Sejus e Segurança, nomeando seis pessoas para montarmos um projeto de longo prazo, que envolva educação, empregabilidade e encurtar o tempo de cumprimento de pena.
O encontro teve a participação do Superintendente Paulo Henrique; da diretora da Educação Técnica Profissional, Adriana Moura; do policial penal da Coordenação de Projetos e Convênios da Sejus, Fagner Martins; e demais membros da Seduc e Sejus.
De acordo com o policial penal Fagner Martins, a ideia é utilizar alguns projetos já em andamento na Sejus e Seduc, parcerias que já ocorrem entre os dois órgãos, como o Pronatec prisional. “Estamos buscando ao máximo alinhar, desde a parte de capacitação profissional, inclusive na questão da utilização do fruto da produção dessas oficinas, como por exemplo em oficinas de corte e costura que já temos implantadas na unidade prisional, alinhando à utilização de produções para a população escolar como fardamentos escolares. A ideia é estreitar o laço entre esses dois órgãos, Sejus e Seduc e, a partir disso, desenvolver projetos nesse sentido”, explica Fagner Martins.
Inicialmente está sendo planejada a implantação de cursos em dois polos prisionais, um em Teresina e outro no município de Parnaíba, para definir quais seriam as metodologias, os caminhos de aquisição e os insumos, para estudar as necessidades iniciais de expansão desse modelo para outras regionais.
“Nós estamos aqui celebrando uma parceria importante para a inclusão dos reeducandos do sistema penitenciário. A educação fortalece toda e qualquer inclusão de pessoas que estão em regime fechado e que merecem que nós possamos possibilitar a reintegração deles na sociedade”, explica Adriana Moura, diretora da Educação Técnica Profissional.
O objetivo aqui é traçar metas do que será proporcionado nesses primeiros 3 meses de capacitações, que vão garantir uma sustentabilidade para os presídios como também para a educação. “Os reeducandos podem oferecer para a sociedade a produção de pré-moldados, de fardamento para estudantes, readaptação de carteiras escolares. A educação demanda muito essa necessidade e estamos vendo essa possibilidade”, conclui Adriana.
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