A Epagri é uma das instituições parceiras no projeto “Biodiversidade de Santa Catarina: investigando a ecologia histórica e os efeitos de manejo para restauração e conservação da Mata Atlântica do Sul do Brasil – PELD-BISC”, coordenado pelo professor Selvino Neckel de Oliveira (UFSC). O objetivo principal do estudo é entender como as mudanças no uso da terra e outros fatores como eventos climáticos, bem como a invasão por espécies exóticas, influenciam a estrutura dos ecossistemas em duas Unidades de Conservação de proteção integral de SC: o Parque Nacional de São Joaquim e o Parque Estadual da Serra Furada, ambos no Planalto Sul-Brasileiro.
Segundo a pesquisadora da Epagri/Ciram, Elisângela Benedet da Silva, esses aspectos estudados pelo projeto são fundamentais para promover o manejo sustentável em longo prazo e nortear políticas públicas na região. Ela comenta que o Planalto Sul-Brasileiro abriga os maiores maciços da floresta com araucária, campos de altitudes e matas nebulares. “Acredita-se que os campos de altitude são relictos de um clima pretérito, possivelmente mantidos através do fogo e/ou atividades humanas. Atualmente, há uma grande discussão de como o manejo do fogo e o pastejo do gado, atividade praticada há séculos na região, podem ajudar na gestão destes ecossistemas”, diz ela.
A equipe de solos da Epagri/Ciram, da qual Elisângela faz parte, participa da meta de solos do projeto no estudo dos processos históricos ocorridos na paisagem através de fatores edáficos e na avaliação experimental dos efeitos da promoção ou impedimentos de distúrbios (fogo e pastejo do gado bovino) no solo, modelagem e mapeamento da variação espacial dos atributos do solo. Esses distúrbios provocam alterações nas características físicas, químicas e biológicas dos solos e que a longo prazo podem ser transferidas para os ecossistemas.
epagriEm março deste ano foi realizada a primeira saída de campo para ajustar a proposta de protocolo integrado de amostragem de solos nas parcelas experimentais. Além da Epagri, participaram do trabalho de campo as equipes de Micologia e da Vegetação da UFSC que integram o projeto
O projeto é financiado pelo CNPq e Fapesc. Ele faz parte do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) do CNPq. Saiba mais aqui.
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