O Cruzeiro terá três jogadores do passado com cobranças dos clubes vendedores na Fifa, entre os dias 15 e 29 de maio. São os casos do volante Denílson, emprestado pelo Al Whada em 2016, do zagueiro Luis Caicedo, comprado do Independiente Del Valle em 2017, e do atacante Willian do Bigode, comprado do Zorya, da Ucrânia, em 2012.
Dos três processos, o mais caro é o zagueiro Luis Caicedo, que custou US$ 3,3 milhões. Um dos problemas é que a cotação do dólar, em alta nesta semana, pode fazer só o zagueiro alcançar o preço de R$ 19 milhões. São também US$ 850 mil dólares por Denílson e 392 mil euros por Willian.
O cálculo aproximado é de R$ 20 milhões que vão explodir até o final de maio, num período em que o Cruzeiro ainda negocia o pagamento das férias concedidas aos jogadores em abril. Os casos são semelhantes ao do Atlético, que precisou pagar 3,3 milhões de euros à Udinese no dia 28 de abril.
A estratégia do Cruzeiro é diferente. O diretor-executivo André Argolo aposta na negociação para parcelar estas dívidas em até seis meses. Neste caso, o Cruzeiro conseguiria alongar a dívida, mas precisa viabilizar o pagamento, para não atrasar outras vezes: "Temos de conseguir uma fórmula para fazer a negociação sabendo que vamos conseguir pagar", diz Argolo.
O diretor-executivo parece mais realista do que o presidente José Dalai Rocha, para quem o pior da crise do Cruzeiro já passou. Sem otimismo, Argolo fala sobre o trabalho árduo para não fracassar nas negociações e ajudar o clube a voltar à Série A e ao nível de competição compatível com sua tradição. Sobre a dificuldade das contas de curto prazo e sobre os planos de longo período, André Argolo diz: "Nós, no Cruzeiro, não vamos esmorecer."
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