Trabalhadoras domésticas e catadores de materiais recicláveis que tiveram suas atividades afetadas pela pandemia começaram a receber, nesta sexta-feira (5), 5 mil cestas de alimentos. A entrega é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e teve início pela Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Os produtos são oriundos de empreendimentos econômicos solidários e serão distribuídos em três territórios de identidade da Bahia. O objetivo é incentivar a geração de renda de cooperativas, associações e grupos produtivos atendidos pelos Centros Públicos de Economia de Solidária e contribuir no enfrentamento da situação de insegurança alimentar e da crescente pobreza vivenciada por diversas famílias do estado.
“É importante registrar que estamos vivendo a pior crise econômica do país, desencadeada muito antes da pandemia. É um momento muito difícil e a distribuição das cestas, de forma concentrada para as pessoas mais prejudicadas nessa cadeia, é uma forma de minimizar as dificuldades que os trabalhadores desempregados, sem nenhuma perspectiva de geração de renda, estão enfrentando”, afirmou o chefe de gabinete da Setre, Juremar de Oliveira, que representou o secretário da pasta, Davidson Magalhães, no ato de entrega.
A presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos da Bahia, Creuza Oliveira, destacou que o cenário é grave. “Só a gente que está na ponta sabe das dificuldades que o nosso povo tem passado, especialmente a população negra, em busca de trabalho para colocar comida na mesa. Por isso, essas cestas chegam num momento oportuno e são um ajuda importante”, ressaltou.
Já a diretora da Federação de Catadores do Estado da Bahia (Rede Cata Bahia), Annemone Santos, afirmou que “a pandemia só escancarou a invisibilidade dos catadores, tanto os organizados quanto os avulsos, e a quantidade de cestas que estão sendo entregues é significativa para a categoria”.
A presidenta do Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia, Michele Almeida, também reforçou a relevância da entrega. “Estão sendo beneficiadas pessoas guerreiras, chefes de famílias, que dependem do material reciclável para trazer o pão para dentro de casa. Não é uma atividade fácil, mas esperamos continuar contando com o apoio do Governo do Estado”, resumiu.
Fonte: Ascom/Setre
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