A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros (GARRAS), desempenhou um papel fundamental na fase ostensiva da Operação CHIUSURA, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. Com uma investigação que durou cerca de um ano e meio, a ação mobilizou cerca de 450 policiais em vários estados, com mandados cumpridos em diversas localidades, incluindo Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
O GARRAS colaborou ativamente na localização e detenção de alvos ligados ao “Núcleo SINALOA”, uma facção criminosa que operava a partir do estado e mantinha conexões diretas com outras regiões do país. Um dos principais investigados, apontado como líder local da organização e ligado a uma facção criminosa paulista, está preso na Bolívia desde 2023, após ser capturado com granadas de uso restrito e uma aeronave carregada com cocaína.
As investigações identificaram uma estrutura criminosa altamente sofisticada e organizada, dividida em núcleos que operavam de forma coordenada no Distrito Federal e em diversos estados, incluindo Goiás, Rondônia, Mato Grosso do Sul e regiões do Nordeste. A rede adquiria drogas em áreas fronteiriças, assegurava o transporte seguro dos entorpecentes e distribuía as drogas no DF e em outros estados, além de realizar complexas operações de lavagem financeira. Núcleos DF e Goiás Integrantes da organização criminosa vinculados ao núcleo do Distrito Federal já haviam sido presos em fases anteriores da investigação
Apurou-se que traficantes oriundos de Goiás, atualmente radicados em Maceió/AL, mantêm associação criminosa com um traficante internacional natural de Campo Grande/MS, identificado como líder local de uma facção criminosa paulista. Esse indivíduo encontra-se preso na Bolívia desde o ano de 2023, ocasião em que foi capturado com granadas de uso restrito e uma aeronave carregada com cocaína.
As investigações também indicam que familiares do traficante conhecido pelo codinome “Especialista”, residente em Mato Grosso do Sul, são utilizados como testas de ferro, figurando como beneficiários de valores provenientes de traficantes do Distrito Federal e do chamado Núcleo Nordeste. Um desses familiares, identificado como suplente de vereador na cidade de Campo Grande, ficou fora de circulação por aproximadamente dois meses, sendo seu reaparecimento público registrado apenas em janeiro de 2024. A estrutura criminosa integrada por esses indivíduos é informalmente referida por integrantes de outros núcleos como pertencente ao “Núcleo SINALOA”, numa alusão à facção criminosa mexicana.
Durante a operação, a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul também contribuiu para a apreensão de bens utilizados para a lavagem de dinheiro, incluindo imóveis e veículos de alto padrão registrados em nome de laranjas e testas de ferro. Entre os alvos da investigação, foi identificado um suplente de vereador na cidade de Campo Grande, apontado como beneficiário de valores oriundos do tráfico interestadual de drogas. Esse indivíduo permaneceu foragido por aproximadamente dois meses antes de reaparecer publicamente no início de 2024.
Nesta fase ostensiva, a Operação CHIUSURA encerra cerca de um ano e meio de investigação com o cumprimento de 19 mandados de prisão temporária e 80 mandados de busca e apreensão, sendo aproximadamente 50 deles no Distrito Federal, abrangendo as regiões de Planaltina, Sobradinho, Ceilândia, Paranoá, Gama, Guará, Taguatinga e São Sebastião. Outros mandados são cumpridos em Campo Grande (MS), São José (SC), Várzea Grande (MT), Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Luziânia, Formosa e Águas Lindas (GO), Parnamirim e Tibau do Sul (RN) e Maceió (AL). Também foram determinados o sequestro judicial de 17 veículos e 7 imóveis, incluindo uma residência luxuosa em condomínio fechado em Goiás.
A integração entre as forças de segurança foi essencial para a eficácia da Operação CHIUSURA, que resultou no cumprimento de 19 mandados de prisão temporária e 80 mandados de busca e apreensão. A ação também incluiu o bloqueio de dezenas de contas bancárias, incluindo as de uma fintech em São Paulo que movimentou aproximadamente R$ 300 milhões em apenas três meses.
A participação da PCMS reafirma seu compromisso no combate ao crime organizado e à criminalidade transnacional, demonstrando a importância da colaboração entre as polícias civis dos estados na luta contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.
Os investigados responderão por crimes como organização criminosa, tráfico interestadual de drogas e lavagem de capitais, podendo enfrentar penas que ultrapassam 30 anos de reclusão.
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