As atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro estão entre as 19 agraciadas pelo Senado com o Diploma Bertha Lutz. A premiação é concedida anualmente a personalidades que se destacam na defesa de direitos das mulheres e das questões de gênero no Brasil.
Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro como atriz de drama e foi uma das concorrentes ao Oscar pela sua atuação no filme brasileiroAinda Estou Aqui(2024), premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro. Fernanda Montenegro, sua mãe, também atuou no filme.
A cerimônia de entrega do Diploma Bertha Lutz está marcada para o dia 26 de março, às 10 horas.
A indicação de Fernanda Torres para a homenagem foi feita pela senadora Eliziane Gama (PSD- MA). Ao indicar a atriz para receber o prêmio, a senadora afirmou que o diploma seria um reconhecimento à "relevante contribuição" prestada pela atriz ao longo da sua carreira.
"A indicada possui trajetória destacada na promoção da equidade e na defesa das pautas femininas, senda referência em sua área de atuação", argumentou Eliziane.
Já a indicação de Fernanda Montenegro ao diploma foi feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Em 1999, ela foi indicada ao Oscar de melhor atriz por seu papel emCentral do Brasil. As duas atrizes, mãe e filha, são as únicas brasileiras já indicadas Oscar de melhor atriz.
Além das atrizes, a lista tem outras 17 homenageadas | |
Ani Heinrich Sanders | Produtora rural do Estado do Piauí, indicada pela Senadora Jussara Lima (PSD-PI) |
Antonieta de Barros (in memoriam) | Primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil, pelo Estado de Santa Catarina. indicada pela Senadora Ivete da Silveira (MDB-SC) |
Bruna dos Santos Costa Rodrigues | Juíza no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, indicada pela Senadora Augusta B |
Conceição Evaristo | Escritora e membro da Academia Mineira de Letras indicada pela Senadora Teresa Leitão (PT-PE) |
Cristiane Rodrigues Britto | Advogada e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, indicada pela Senadora Damares Alves (Republicanos-DF) |
Elaine Borges Monteiro Cassiano | Reitora do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), indicada pela Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) |
Elisa de Carvalho, pediatra | Professora universitária e membro da Academia de Medicina de Brasília, indicada pela Senadora Dra. Eudócia (PL-AL) |
Janete Vaz de Oliveira | Empreendedora e cofundadora do Grupo Sabin, indicada pela Senadora Leila Barros (PDT-DF) |
Jaqueline Gomes de Jesus | Escritora, professora e primeira gestora do sistema de cotas para negros da Universidade de Brasília (UnB), indicada pela Senadora Zenaide Maia (PSD-RN) |
Joana Marisa de Barros | Médica mastologista e imaginologista mamária no Estado da Paraíba, indicada pela Senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) |
Lúcia Willadino Braga | Neurocientista e Presidente da Rede Sarah, indicada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre |
Maria Terezinha Nunes | Coordenadora da Rede Equidade e ex-cordenadora do Programa Pró-equidade de Gênero e Raça do Senado, indicada pela Bancada Feminina |
Marisa Serrano | Indicada pela Senadora Tereza Cristina (PP-MS) |
Patrícia de Amorim Rêgo | Procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre, indicada pelo Senador Sérgio Petecão (PSD-AC) |
Tunísia Viana de Carvalho | Ativista dos direitos maternos e infantojuvenis, indicada pela Senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) |
Virgínia Mendes | Filantropa e primeira-dama de Mato Grosso, indicada pela Senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) |
Viviane Senna | Filantropa e presidente do Instituto Ayrton Senna, indicada pela Senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) |
O Diploma Bertha Lutz premia anualmente mulheres e homens que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e às questões de gênero no Brasil, em qualquer área de atuação. O diploma é entregue em sessão do Senado exclusivamente convocada para esse fim, durante as atividades do Dia Internacional da Mulher (8 de março).
O nome do prêmio é uma homenagem à bióloga e advogada paulista Bertha Maria Julia Lutz, que foi uma das figuras mais significativas do feminismo e da educação no Brasil do século XX.
Aprovada em um concurso público para o cargo de pesquisadora e professora do Museu Nacional no ano de 1919, tornou-se a segunda brasileira a fazer parte do serviço público no Brasil. Além disso, ela fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF).
Uma das principais bandeiras levantadas por Bertha Lutz era garantir às mulheres os seus direitos políticos. Em 1934, ela foi eleita suplente de deputado federal. Em 1936, assumiu o mandato de deputada. Bertha Lutz morreu em 1976, no Rio de Janeiro.
Mín. 14° Máx. 29°
Mín. 15° Máx. 30°
Tempo limpoMín. 15° Máx. 31°
Tempo limpo