Sanidade e biossegurança na produção de suínos e aves foram destaques no Show Rural 2025 durante as reuniões do Comitê Estadual de Sanidade Suína (Coesui) e do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa). Realizados nesta terça-feira (11) na sede do Sistema Ocepar, na Casa Paraná Cooperativo, os encontros reuniram entidades públicas e privadas para discutir práticas essenciais para a manutenção da qualidade e segurança sanitária nos setores avícola e suinícola.
O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, ressaltou a importância do debate para a competitividade do Estado no mercado internacional. “Se analisarmos o que acontece, o mundo não compra produtos, o mundo compra sanidade. Essas reuniões permitem que a sociedade discuta o que ainda precisa ser aprimorado na avicultura e na suinocultura”, afirmou Martins.
O diretor-presidente destacou ainda que a biosseguridade é o principal tema a ser reforçado para que o Paraná continue se destacando na produção e exportação. “Só podemos continuar exportando e buscar novos mercados se mantivermos a sanidade e fortalecermos ainda mais a biosseguridade”, acrescentou. Martins completou que a parceria entre o Estado e as cooperativas neste tema possibilita o avanço do Paraná para novos mercados.
Durante as reuniões, pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves apresentaram um software desenvolvido para auxiliar na análise da biosseguridade na suinocultura. No setor avícola, as discussões focaram na prevenção da influenza aviária, especialmente para garantir que o Paraná continue livre da doença em unidades comerciais. Mesmo com registros do vírus em aves silvestres no ano passado, o Estado manteve sua produção protegida, e a vigilância sanitária segue como prioridade para evitar novos riscos.
PRODUÇÃO- No ano passado a carne de frango, da qual o Paraná é o maior produtor e maior exportador, continuou no topo de exportação de proteínas animais. Foram enviados pouco mais de 2,171 milhões de toneladas aos países parceiros comerciais, resultado 4% superior às 2,087 milhões de toneladas de 2023. O Estado responde por 33,7% de toda a produção nacional.
A carne suína do Estado trouxe 12,7% a mais de riqueza monetária, com a entrada de mais de US$ 423,6 milhões, ante US$ 375,6 milhões em 2023. No ano passado o Paraná colocou 183,6 mil toneladas de suínos nos mercados mundiais, volume 9,3% superior às 168 mil toneladas do período anterior.
O aumento foi proporcionado pelos mercados tradicionais, com alguns países se destacando, como as Filipinas, que tinham comprado apenas 2,8 toneladas em 2023 a um custo de US$ 907. No ano passado adquiriram 10,2 mil toneladas pagando US$ 27,9 milhões.
PRESENÇAS– Também participaram dos encontros o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza; o diretor do Sistema Ocepar e presidente da Frimesa, Elias Zydek; o chefe do Departamento de Saúde Animal (Desa), Rafael Gonçalves Dias; a chefe da Divisão de Sanidade Avícola da Adapar, Pauline Sperka de Souza; a chefe do Escritório Regional de Cascavel, Odete Volz Medeiros; além de representantes de entidades estaduais, regionais e do setor privado.
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