O ano começou e a lista de material escolar já é o assunto da vez entre milhares de famílias que têm estudantes de escolas públicas e privadas. Mesmo em período de férias escolares, os pais já estão se antecipando às compras para a volta às aulas.
Uma pesquisa feita no mês passado pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro apontou que no ano de 2024 houve um gasto aproximado de R$ 49,3 bilhões com materiais escolares, o que representou um aumento médio de 43,7% desde 2021.
Esse crescimento gradativo também é previsto para este ano letivo de 2025. Para a Associação Brasileira de Fabricantes de Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), é possível que este ano tenha uma alta de quase 9% de gastos com materiais de escola. Esses gastos elevados, anualmente, se devem ao aumento da inflação, alta do dólar, aumento dos custos de produção e de frete.
Mesmo assim, não tem como escapar das compras. Papelarias do Brasil inteiro já estão abastecidas e prontas para atender a demanda de vendas da volta escolar, chegando a impactar o orçamento de quase 85% das famílias brasileiras.
O Portal G1 divulgou uma nota no final de dezembro do ano passado, informando que a inflação na área da educação subiu quase 6,84% nos últimos 12 meses, equivalente a 2 pontos percentuais acima do índice geral da inflação. Essa notícia fez com que muitos brasileiros já antecipassem suas compras, ao invés de deixar para última hora.
A análise do Instituto Locomotiva e QuestionPro mostra que o orçamento mais apertado nesse começo do ano vai acarretar em parcelamentos para a compra do material de escola. Um a cada três famílias da classe C pretendem parcelar a compra dos materiais, o que representa que em média 39% dos entrevistados vão optar pelo parcelamento.
No final deste ano, o Procon de São Paulo analisou o preço de 132 materiais de volta às aulas, dentre eles: lápis, borracha, caderno, apontador, tesoura, caneta, e outros itens. A conclusão que se teve foi, que os preços dos produtos podem chegar em até 269% a mais entre as papelarias de São Paulo.
De acordo com o coordenador de marketing da GIV gráfica online, Rodrigo Barroso, a gráfica produz e revende materiais escolares para pequenas e grandes papelarias de São Paulo e do Brasil todo. Uma forma de viabilizar os preços para o consumidor final, é fazer a compra em grande escala para que o custo unitário seja o mais viável possível e o preço final seja atrativo para pais e responsáveis.
A procura por materiais de volta às aulas na GIV Online se intensificou ainda mais nessa segunda semana de janeiro. A gráfica já teve um impacto de 7% a mais em produtos como cadernos, agendas, lápis, canetas esferográficas, marca textos, réguas e apostilas, e a expectativa é que aumente em torno de 17% a mais do volume de produção desses itens voltados para escolas, cursinhos e faculdades.
Apesar da polêmica causada pela alta dos preços, muitos não vão abrir mão das tendências para os materiais escolares deste ano. E as tendências de 2025, segundo a Polibras, são o uso de chaveiros com pom pom, itens com tons pastéis, produtos com glitter, cores em neon, uso de pingentes nos acessórios e materiais com efeitos holográficos.
Para Rodrigo da gráfica GIV Online, os materiais personalizados também têm ganhado espaço nas salas de aula. A procura por cadernos e etiquetas adesivas personalizadas com o nome do aluno cresceu 9% nos últimos dois anos. E a demanda produtiva de adesivos holográficos já cresceu 2% nos últimos três meses devido a nova tendência que vai impactar as compras para o ano letivo de 2025.
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