No dia 30 de novembro, o mundo celebrou o Dia Internacional da Segurança da Informação, uma data que reforça a importância de proteger dados e sistemas digitais. No Brasil, as instituições financeiras estão adotando diversas medidas para fortalecer a segurança e proteger seus clientes contra fraudes cibernéticas.
Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o setor investe cerca de 10% do orçamento de tecnologia em segurança, o que representa aproximadamente R$ 3,5 bilhões por ano. Mas este valor deve alcançar cerca de R$ 4,5 bilhões, em 2024. Além disso, a identificação biométrica, como impressões digitais e reconhecimento facial, está se tornando cada vez mais comum para validar identidades e proteger dados.
Dado que o Brasil foi o sétimo país com mais ciberataques em 2017, a necessidade de investimentos contínuos em segurança cibernética por parte dos bancos torna-se ainda mais premente. Das instituições financeiras, os 72% dos Chief Risk Officers (CROs) globais veem a segurança cibernética como o principal risco para o ano que vem. Em segundo lugar, está o risco de crédito, com 59%. Os números são do estudo realizado pela consultoria EY e pela IIF, envolvendo 88 bancos em 30 países.
Com o objetivo de melhorar o cenário de segurança digital nas instituições financeiras no Brasil, o Ministério da Justiça e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) assinaram no mês de agosto uma parceria estratégica para combater golpes financeiros na internet: a Estratégia Nacional de Segurança Financeira. O acordo, assinado pelo ministro Ricardo Lewandowski, prevê a criação de uma força-tarefa dedicada à prevenção e combate a fraudes e crimes virtuais.
Outra medida adicional de segurança digital para garantir a integridade das transações foi a adoção das Novas Regras do Pix, que visam fortalecer a proteção contra fraudes. Isso inclui a atualização de sistemas e a implementação de novas tecnologias para cumprir com os requisitos do Banco Central. Além disso, as instituições devem investir em treinamento de funcionários e na conscientização dos clientes sobre práticas seguras de pagamento.
Segurança da Informação e impactos jurídicos
A segurança da informação não é apenas uma questão técnica, mas também uma questão de conformidade legal. Com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, as empresas precisam adotar medidas rigorosas para proteger os dados pessoais de seus clientes.
Neste Dia Internacional da Segurança da Informação, Felipe Reis, ressalta que é essencial refletir sobre a evolução contínua do sistema de segurança dos bancos e os impactos positivos dessa evolução na redução de ações na justiça.
“O melhor caminho é prevenir. Em tempos de insegurança digital, investir nesse setor garante tranquilidade e segurança tanto para o cliente quanto para o banco”, explica Reis.
A evolução do sistema de segurança dos bancos tem gerado diversos benefícios, levando, consequentemente, a uma diminuição no número de ações judiciais relacionadas a fraudes financeiras e violações de dados, resultando em uma maior satisfação e lealdade dos consumidores.
Com menos recursos alocados para lidar com litígios, as instituições podem focar mais em inovações e melhorias contínuas em seus serviços. Isso contribui para um ambiente mais estável e previsível, beneficiando tanto os bancos quanto seus clientes.
“No Dia Internacional da Segurança da Informação, é fundamental reconhecer esses avanços e continuar a investir em tecnologias que protejam os dados e a privacidade dos clientes”, conclui Felipe Reis.
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