O Preço da Cesta de Alimentos da Receita Estadual (PCA-RE) registrou, em setembro, uma leve alta de 1,18% na comparação com o mês anterior. O indicador, que acompanha a variação dos preços de itens que representam 98% do consumo alimentar dos gaúchos, fechou o mês passado em R$ 257,31, valor 3% inferior ao registrado em junho, quando os preços refletiram o pico dos efeitos das enchentes. No entanto, o patamar de preços ainda está 4% acima de abril, período em que o Estado não enfrentava os impactos logísticos e produtivos causados pelas inundações.
No recorte por Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), a Campanha apresentou a maior queda nos preços médios dos alimentos. Em relação a agosto, o PCA-RE da região recuou 3,5%, fechando em R$ 259,55. A região das Hortênsias, que permanece com a cesta mais cara do Estado, registrou um declínio de 2,8%, com o PCA-RE fechando em R$ 290,27. No sentido oposto, o Litoral assinalou a maior alta, com um aumento de 2,2%, com a cesta custando R$ 254,09. Mesmo com o avanço, a região possui a quarta menor média de preços do Rio Grande do Sul. Na Região Metropolitana de Porto Alegre (Delta do Jacuí), o aumento foi discreto, de 1% no PCA-RE de setembro.
Os dados são da segunda edição do Boletim de Preços Dinâmicos da Receita Estadual , divulgado na quarta-feira (2/10) pela Secretaria da Fazenda (Sefaz). A publicação reúne os indicadores de preço de 49 alimentos, divididos em 30 grupos e 12 subgrupos. O levantamento é realizado com base nas informações das notas fiscais eletrônicas.
Variações por grupos e produtos
No acumulado de janeiro a setembro, as hortaliças apresentaram a maior queda de preços, com uma redução de 31,6%. Em setembro, o grupo registrou o menor valor do ano. Por outro lado, os laticínios lideraram as altas, com um aumento de 21,5% no acumulado do ano. Comparando com agosto, o grupo das frutas teve a maior variação mensal, com um aumento de 6,3%. As hortaliças também registraram a maior redução mensal, com queda de 5,6%.
Entre os produtos analisados, a batata-inglesa teve queda de 3% em relação a agosto, sendo vendida por uma média de R$ 6,49 o quilo. A cebola também apresentou redução, comercializada a R$ 4,99 o quilo na média de setembro, uma queda de 17% em relação ao mês anterior. No grupo das frutas, a maior alta foi registrada na bergamota, com aumento de 15%, possível reflexo da menor oferta devido à mudança de estação. Outro destaque foi o preço do café moído, que subiu 5% em relação a agosto, atingindo uma média de R$ 37,79, o maior valor do ano no Estado.
O preço do pão francês manteve-se estável em setembro, com uma média de R$ 12,99 o quilo, ainda 7% abaixo dos valores de maio e junho, quando atingiu o maior valor do ano. O pão de forma também registrou queda, sendo vendido a uma média de R$ 17,18, o menor preço desde fevereiro. No segmento das carnes, os preços permaneceram estáveis ao longo do mês. A carne moída de primeira manteve o valor médio de R$ 36,90 o quilo, o menor registrado em 2024. Em contrapartida, o coxão-de-dentro teve uma alta de 2%, alcançando o maior preço médio do ano, em R$ 36,90.
Divulgado mensalmente, o Boletim de Preços Dinâmicos da Receita Estadual sintetiza informações dos Painéis Interativos disponíveis no portal Receita Dados. Lançados durante a Expointer, os gráficos apresentam os preços médios dos alimentos em todas as regiões do Estado. Inicialmente, a ferramenta será atualizada mensalmente, mas em breve os usuários poderão consultar a variação diária dos 49 alimentos monitorados pela Receita Estadual.
Texto: Rodrigo Azevedo/Ascom Sefaz
Edição: Camila Cargnelutti/Secom
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