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Operação policial contra gestores do Iges-DF leva à oposição a criticar o instituto

Um dia após a Câmara Legislativa ter aprovado a concessão permanente do Hospital Cidade do Sol ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distr...

28/08/2024 19h18
Por: Redação Fonte: Agência CLDF
Foto: Carolina Curi/Agência CLDF
Foto: Carolina Curi/Agência CLDF

Um dia após a Câmara Legislativa ter aprovado a concessão permanente do Hospital Cidade do Sol ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) , uma operação da Polícia Civil contra gestores do serviço, deflagrada na manhã desta quarta-feira (28), levou deputados oposicionistas, que votaram contra a proposta, a tecerem novas críticas à gestão da saúde pública, durante a sessão ordinária da CLDF.

“Os grandes escândalos do Distrito federal, nos últimos seis anos, têm relação com o IgesDF”, observou, da tribuna, o deputado Fábio Felix (Psol).


“Ontem, o que falamos faz parte de uma análise sobre o que acontece: o instituto não entrega aquilo que os defensores do projeto afirmam”, afirmou, comentando problemas que a população enfrenta nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que são geridas pelo Iges-DF. Cobrando transparência, o parlamentar ainda anunciou que a oposição pretende acompanhar as denúncias e a investigação.

Já Gabriel Magno (PT), que pouco antes participara de reuniões de enfermeiros e médicos da rede pública com os distritais – “que estão prestes a paralisar o atendimento” –, classificou a operação policial como “uma tragédia anunciada”. Para o deputado, a transferência das unidades de saúde para o instituto “é parte do projeto político de um governo que visa ao desmonte do serviço público”. Magno ainda informou ter apresentado requerimento à Comissão de Educação, Saúde e Cultura para convocar o presidente do Iges-DF.

Por sua vez, a deputada Dayse Amarilio (PSB) comparou o instituto a um câncer, dizendo esperar que este “não cresça no Distrito Federal”. A parlamentar calculou que os 54 termos aditivos destinados ao Iges-DF até aqui já somam cerca de R$ 1,7 bilhão, o que representa 33% de todo orçamento da área de saúde.


“Já estavam sob este serviço todas as UPAs e dois grandes hospitais, aos quais mais um foi acrescentado. Ou seja, contrariando a lei, que determina o caráter completar do instituto, hoje, há mais unidades sob sua responsabilidade do que da Secretaria de Saúde”, explicou.

A seguir, o deputado Max Maciel (Psol) indagou sobre a necessidade de s
e acrescentar mais um equipamento de saúde ao Iges-DF, avaliando que a saúde “é um setor que envergonha a cidade”. Para ele, a conjuntura apontada pela operação constitui um “modus operandi” dentro do instituto. Por isso, expôs o seu “repúdio não só ao modelo do Iges-DF, mas à prática”. Também lamentou que médicos e enfermeiros trabalhem sem estrutura, em condições precárias, enquanto o instituto fica com uma grande fatia do orçamento da saúde.


Após os pronunciamentos dos parlamentares, o presidente da Câmara Legislativa, deputado Wellington Luiz (MDB), que estava à frente da sessão, declarou: “Esta situação traz muita preocupação. Precisamos encontrar uma solução”.

Marco Túlio Alencar - Agência CLDF

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