Na segunda-feira (26), às 10h, o Senado vai homenagear os 55 anos de existência da Embraer em uma sessão especial. O requerimento para a homenagem ( RQS 221/2024 ) foi apresentado por Randolfe Rodrigues (PT/AP) e outros senadores que destacaram a competitividade global da empresa.
Terceira maior fabricante de aeronaves comerciais no mundo, a Embraer é líder tecnológica no segmento de até 150 passageiros. Ela exporta seus aviões fabricados no Brasil para dezenas de países, aumentando o superávit da balança comercial.
No requerimento, Randolfe ressalta que a companhia projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer serviços e suporte a clientes no pós-venda. “Desde sua fundação, já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos, uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros”, afirma o senador.
A multinacional é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil, com indústrias, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças nas Américas, África, Ásia e Europa.
“A construtora de aviões é um dos orgulhos da indústria brasileira, na medida em que se mostrou capaz de produzir tecnologia de ponta, conquistando o merecido apoio estatal do BNDES. Investir em alta tecnologia nos mercados em que atua é mandatório. Ao longo de sua evolução, vem contribuindo para a proteção e o fortalecimento da soberania nacional, sendo notadamente protagonista no desenvolvimento de capital humano, científico e tecnológico”, acrescenta Randolfe.
Fundada em 1969 por decreto do governo federal, a empresa lançou três anos depois os primeiros aviões turbo-hélice para 12 passageiros, batizados como Bandeirante. Usados para fins militares e civis, começaram a ser exportados em 1977.
Apesar do sucesso de aeronaves regionais como a Brasília, nos anos 80, na década seguinte a estatal enfrentou uma crise financeira que quase provocou sua falência. Em 1994, foi privatizada.
O ERJ 145, para até 50 passageiros e muito utilizado em rotas regionais, foi fundamental no início da recuperação. O surgimento dos “e-jets" para o transporte de 70 a 120 passageiros em distâncias de até 2.400 km sedimentou esse processo. O E-195 se tornou a primeira aeronave da categoria capaz de realizar pousos íngremes no meio de uma cidade.
Com apoio de engenheiros formados pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), a empresa tem atualmente com 19 mil trabalhadores diretos em todo o mundo. Além de atuar na aviação comercial, fabrica jatos executivos, para a aviação agrícola e para a defesa e segurança militar, como é o caso do KC-390.
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