O Bioparque Pantanal não para de inovar e, desta vez, apresenta aos visitantes um berçário de arraias nascidas no maior aquário de água doce do mundo. Os animais são fruto do trabalho de conservação desenvolvido pelo Centro de Conservação de Peixes Neotropicais (CCPN).
Duas espécies irão compor o circuito de aquários: Potamotrygon falkneri e Potamotrygon amandae. As pequenas arraias pantaneiras são exclusivas de água doce, mas são parentes dos tubarões. Elas possuem um esqueleto feito de cartilagem, o que as torna incrivelmente flexíveis.
A diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, explica que, com a educação ambiental e a conservação sendo pilares importantes que sustentam o empreendimento, a exposição dos animais irá desempenhar um papel crucial na divulgação da importância da preservação das arraias e dos ecossistemas aquáticos, com informação científica acessível e compreensível.
"Queremos promover a popularização da ciência, oferecendo aos visitantes não só um espaço de lazer, mas também mostrando todo o processo que envolve os cuidados com o bem-estar animal, a reprodução, a qualidade da água e de que forma podemos fazer parte da conservação dessas espécies", afirma Balestieri.
A equipe de manejo responsável pelos animais se dedica para garantir que os filhotes cresçam em um ambiente saudável e seguro.
Conforme detalhou o biólogo curador do Bioparque, Heriberto Gimenês Junior, o novo recinto possui um sistema de filtragem próprio para aquecimento da água, mantendo-a a uma temperatura em torno de 27°C.
Além disso, o ambiente é composto por areia e um tronco de árvore. "Assim como nos rios, será possível ver as arraias camufladas na areia. Será uma experiência interessante", comenta Gimenês Junior.
Rosana Moura, Bioparque Pantanal
Foto: Eduardo Coutinho
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