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Evitar o desperdício de alimentos requer máxima atenção da sociedade

Governo, setores públicos e privados e a sociedade precisam estar cada vez mais engajados na busca das soluções para erradicar a fome

08/08/2024 14h13
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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O Relatório do Índice de Desperdício Alimentar 2024 divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) revelou que foi jogado fora mais de um bilhão de refeições por dia em todo o mundo no ano de 2022. Enquanto isso, 783 milhões de pessoas enfrentaram a fome e um terço da população mundial sofreu com insegurança alimentar.

O Brasil, ocupa a 10ª posição no ranking do desperdício da ONU. O consumo das famílias é responsável por 60% das perdas, o desperdício ocorre devido as compras excessivas, falta de planejamento de refeições e descuido com a conservação.

De acordo com o IBGE, 46 milhões de toneladas de alimentos produzidos no Brasil são descartados, gerando um prejuízo estimado em R$ 61,3 bilhões por ano. Há, ainda, os danos ambientais e sociais”, pontua Vininha F. Carvalho, ambientalista, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

A agropecuária é responsável por 27% das emissões de gases de efeito estufa, 18,5% das 2,16 bilhões de toneladas de GEE emitidos em todo o Brasil vieram da atividade pecuarista devido à liberação de metano pelo sistema digestivo dos bovinos, emissão de óxido nitroso pelas fezes e pelo uso excessivo de fertilizantes nitrogenados, e ainda de CO2 pelo desmatamento, queimadas e perda de solos, que também causam uma grande destruição de habitats naturais.

Um levantamento realizado pelo The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil) indicou que o consumo das carnes bovina, suína, de frango e de peixe caiu 67% entre os brasileiros na sua última pesquisa em relação ao ano de 2023. Isso ocorreu diante da busca por hábitos mais saudáveis, que passam por maior adoção das proteínas de origem vegetal.

“O agronegócio deverá se adaptar, se tornando ambientalmente sustentável. No entanto, para que isso aconteça, será preciso mudar a demanda, ou seja, a forma como nos alimentamos”, conclui Vininha F. Carvalho.

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