O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, manifestou nesta terça-feira (6) repúdio a atos de violência em Bangladesh que deixaram mais de 300 mortos nas últimas semanas e apontou apoio à “institucionalidade democrática e à proteção aos direitos humanos”. O país localizado no sul da Ásia vive uma crise política após semanas de protestos estudantis em massa que levaram à renúncia da primeira-ministra Sheikh Hasina e a uma escalada da violência.
Pacheco disse esperar que Bangladesh encontre em breve um caminho de reconciliação:
— Reafirmamos nosso irrestrito apoio à institucionalidade democrática e à proteção e respeito aos direitos humanos. Que Bangladesh possa encontrar o caminho da paz e da reconciliação com o futuro e que prevaleçam a justiça e harmonia social — disse.
O presidente do Senado também reafirmou que o governo da Venezuela “se afasta” da lisura e da transparência eleitorais. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou a reeleição do presidente Nicolás Maduro após o pleito do último dia 28. A oposição contesta o resultado, ressaltando que o CNE não divulgou as atas eleitorais que confirmam os totais de votos para cada candidato.
Pacheco disse que não cabe à Presidência do Senado apontar fraude, mas sim cobrar transparência sobre o resultado das eleições no país vizinho. A fala do presidente veio depois de manifestações de alguns senadores sobre o tema.
— Em uma democracia, a lisura e a transparência do processo eleitoral que assegure a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável. O governo da Venezuela se afasta disso ao não demostrar esses valores com clareza. A luta pela democracia não nos permite ser seletivos ou casuístas. Toda violação deve ser apontada e combatida seja contra quem for — afirmou.
Pacheco celebrou o desempenho dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de Paris, citando Rebeca Andrade e Beatriz Souza, as primeiras brasileiras a conquistarem o ouro na competição. A judoca ficou com a medalha na sexta-feira (2), quando venceu a final do +78 kg feminino, e a ginasta, na segunda-feira (5), no solo.
— Quero destacar o desempenho com medalhas de ouro da Beatriz Souza e da Rebeca Andrade, motivo de grande orgulho para a nação brasileira. Que possamos fazer ao final desse ciclo dos Jogos Olímpicos um registro de homenagem a todos os nossos atletas que competiram levando o nome do Brasil mundo afora — destacou.
O presidente do Senado apresentou um voto de pesar pela morte de Waldemar Zveiter, jurista e ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Zveiter morreu no sábado (3), aos 92 anos, no Rio de Janeiro.
Zveiter nasceu em Minas Gerais e formou-se em direito pela Faculdade de Direito de Niterói, no Rio, em 1957. Presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro na década de 1970 e integrou o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) antes de ingressar no do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
— Quero prestar meus mais profundos sentimentos à família e promover esse voto de pesar, a ser publicado na forma regimental. A comunidade jurídica e toda a sociedade brasileira lamentam essa perda irreparável — afirmou.
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