Dois dançarinos da Ópera de Paris se apresentaram para crianças que estão em tratamento em um hospital infantil da capital da França
Por trás desta iniciativa, existe uma associação com sede na Suíça e na França, "The What Dance Can Do Project", que, desde sua criação em 2018, tem trabalhado para introduzir o balé e a dança nas vidas de crianças, especialmente aquelas que sofrem com a pobreza, o exílio e doenças
"De repente, nós os vemos saindo de seu complicado cotidiano. O que mais me emociona é trazer um pouco de leveza. Sempre espero que essas crianças durmam à noite e sonhem com a dança", destaca o bailarino Hugo Marchand
"Em seus olhos percebemos faíscas de curiosidade, ou de admiração. Às vezes parecem se perguntar: 'o que esses dois estão fazendo?'", relata Dorothée Gilbert, que diz querer fazer com que essas crianças esqueçam que estão em um hospital
Com trajes verdes e dourados e máscaras cirúrgicas, a dupla vai de quarto em quarto fazendo a felicidade tanto de bebês como de adolescentes na faixa dos 16 anos de idade
Para os bailarinos, a experiência traz a sensação de ser útil à sociedade, explica Hugo, que certa vez levou jovens exilados ao Palais Garnier, sede da famosa Ópera de Paris, para uma aula de dança
Convencida de que a dança favorece a emancipação, Aurélia Sellier, promotora do projeto, inspirou-se em uma viagem à África do Sul do bailarino e coreógrafo Theo Ndindwa, que entende a dança como um vetor de mudança social
"Nosso objetivo em cinco ou dez anos é ter uma federação internacional com associações locais... Uma espécie de Nações Unidas da dança", conclui Sellier
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