A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) realizou, antes do recesso de julho, a Semana de Intervenção Pedagógica 2024, uma iniciativa educativa em todas as unidades escolares do estado. O objetivo é assegurar qualidade e equidade no desenvolvimento dos estudantes.
A semana tem como objetivo oferecer condições diferenciadas para o progresso dos estudantes, especialmente aqueles com baixo rendimento escolar ou dificuldades de aprendizagem, em uma ou mais áreas do currículo definidas no Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG), além de análises dos Conselhos de Classe em cada escola.
“Essa é uma semana muito importante para a educação, onde focamos em atividades de ensino que apoiem o estudante na sua recuperação, em desenvolver melhor suas habilidades e entender conteúdos que ele perceba que tem dificuldade”, explica subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica da SEE/MG, Kellen Senra.
“A proposta foi que todos os professores, de todas as áreas de conhecimento e de todos os componentes curriculares, elaborassem atividades para a retomada de ensino desses estudantes”, observa.
A colaboração entre professores, estudantes, pais e responsáveis é incentivada pela Semana de Intervenção Pedagógica, criando um ambiente propício para o aprendizado e a superação de desafios em conjunto. As atividades pedagógicas abrangem todas as etapas de ensino da rede estadual.
“Esse evento ressaltou o compromisso das escolas mineiras com a qualidade da educação e com o sucesso acadêmico de seus estudantes, proporcionando um espaço significativo para a reflexão e o aperfeiçoamento contínuo do ensino”, comenta Flávia Cândida Pinho, professora de Pesquisa e Intervenção na Escola Estadual Manoel Izídio, em Ipatinga, no Vale do Rio Doce.
Atividades desenvolvidas
Para mitigar as defasagens em Língua Portuguesa e Matemática, foram realizadas diversas atividades durante a Semana de Intervenção Pedagógica, como pesquisa, jogos interativos, sessões sobre saúde mental e bem-estar, oficinas, sessões de cinema, palestras, programas lúdicos e monitorias.
A diversidade de estudantes na rede, com necessidades e desafios individuais, demanda metodologias de ensino flexíveis e inclusivas. Estas metodologias auxiliam na recuperação da aprendizagem e promovem o engajamento dos estudantes.
Pensando nisso, a SEE/MG orientou as escolas, indicando ações de atendimento diferenciado em toda a rede de ensino com estratégias que permitiram o trabalho de intervenção pedagógica em três frentes: Recomposição das aprendizagens, reforço escolar em Língua Portuguesa e Matemática e agrupamento temporário.
Além dessas frentes, a equipe docente e a gestão pedagógica adotaram formatos de agrupamento temporário, onde aulas são ministradas por professores diferentes dos habituais. Os resultados dessas intervenções são compartilhados com os estudantes.
“Os professores desenvolveram e direcionaram diversas atividades como sequências didáticas, produções textuais, jogos interativos e muito mais, e é através dos resultados dessa semana que o professor conseguirá buscar e verificar as melhorias e talvez ainda dificuldades no aprendizado de cada estudante”, acrescenta a subsecretaria Kellen Senra.
Os registros das atividades desenvolvidas na Semana de Intervenção Pedagógica podem ser conferidas através do link.
Acolhimento
Durante a Semana de Intervenção Pedagógica, todas as atividades foram focadas na troca de experiências e na busca por soluções para os desafios enfrentados no ambiente escolar, sempre pensando no bem-estar e no sentimento de acolhimento dos estudantes na escola.
Na E.E. Manoel Izídio, uma das atividades realizadas com os estudantes foi um curso de muralismo e pintura. Ao retornarem do recesso escolar, em 5/8, eles darão continuidade aos trabalhos artísticos de decoração em um mural da escola com a orientação da professora Flávia Cândida.
"Este projeto foi desenvolvido na disciplina que leciono, Pesquisa e Intervenção, como parte das atividades de intervenção pedagógica. Ele aborda a urbanidade e visa tornar a escola um espaço agradável e acolhedor para os estudantes, promovendo o senso de pertencimento. Agora é hora de colocar as mãos à obra", afirma Flávia.
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